BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!

VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 2040:

O casal sem filhos programou, 6 meses antes, a sua viagem de férias, para um lugar que eles sonhavam conhecer. A princípio, o marido sugeriu convidar dois casais de amigos para a mesma viagem, mas a esposa foi totalmente contra. Disse, de maneira definitiva:

- De jeito nenhum! Estou precisando descansar de tudo: trabalho, afazeres domésticos e até do convívio com outras pessoas.

O marido reagiu:

- Nossa! Até parece que você não gosta deles...

- Não é isso! Gosto demais, mas daí a querer viajar juntos é demais. Estamos precisando, enquanto casal, de um momento só nosso!

O marido nada mais disse. Quando chegou a data da programada viagem, eles voaram para a maravilha ilha, onde viveram 15 dias de puro delírio. Tudo perfeito! Ao retornarem para a vida normal parecia que estava tudo bem, até ela voltar a fazer a sua semanal terapia. Falou para o psicanalista, quando ele lhe perguntou como tinha sido a 3ª lua de mel:

- Você acredita que ele queria levar dois casais de amigos nossos juntos?

Mas eu bati os pés e não aceitei, de jeito nenhum!

Perguntou o terapeuta:

- Então foram só vocês dois?

- Sim, mas mesmo assim, adiantou pouca coisa...

- Por quê?

- Uai, ele quase não conversou comigo e mal, mal, respondia o que eu perguntava. Ficou os 15 dias fotografando o pôr do sol, as ondas, os pássaros, os caranguejos, entre outras coisas... Foto minha ele não fez nenhuma. Só fizemos algumas poses juntos, porque eu pedia alguma pessoa, turista ou nativo, para tirar foto da gente. Enfim, a lua de mel passou longe nesse passeio, porque à noite, quando ele vinha me procurar querendo, eu já tinha tido tanta raiva acumulada durante o dia que eu não tinha nem clima para transar!

O terapeuta, então, comentou:

- Veja bem: o momento atual que a gente vive deixa muito menos impressão no cérebro do que o momento que é fotografado, que a gente pode ver e rever quantas vezes quiser. Nas férias, a gente paga mais pelas lembranças do que pela vivência real. Sabe porquê? Porque o eu recordativo é muito mais poderoso do que o eu experiencial. Nossa mente é boa com as histórias, mas não foi projetada para processar o tempo real... Tente ver a sua lua de mel por esse ângulo!

E você, como gosta de vivenciar as férias a dois?

UMA BOA LEITURA!

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