BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).
Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1949 abaixo:
QUANDO O NIVEL CULTURAL AFASTA AS PESSOAS
No amplo salão do aeroporto, foi criado um espaço e colocados alguns puffs em forma de bola de futebol, onde foi instalado um gigantesco telão, para quem quisesse assistir mais uma partida de futebol da Copa do Mundo. Dessa vez, entre a seleção do Brasil e a da Croácia e as pessoas foram se aglomerando ali. A maioria não conhecia uns aos outros, mas iam se entrosando, falando dos jogos já vencidos pelo país, enquanto a partida não começava. O rapaz de gorro verde perguntou para o homem sentado à sua frente:
- Você mexe com o quê?
O homem riu e respondeu:
- Mexo com jornal, sou jornalista.
O cara fez outra pergunta:
- Verdade o que dizem? Que a maioria das pessoas não gosta de jornalistas?
- Não sei, mas é verdade que os jornalistas não gostam da maioria das pessoas (riso). Sabia que é difícil imaginar outra profissão em que seja tão fácil desenvolver um profundo desdém pelo gênero humano?
O jovem continuou perguntando:
- Por quê?
- Ah, talvez porque aquilo que a maioria das pessoas acredita os jornalistas sabem, de antemão, que não passa de papo furado. Você viu agora há pouco falando aí na televisão sobre a doença do Pelé? Por ser jornalista - e jornalista sempre desconfia de tudo e de todos - fico pensando se ele já teria morrido e se o governo estaria mantendo-o vivo, artificialmente, para esperar o término dessa Copa.
O rapaz arregalou os olhos e exclamou:
- Tá doido?
- Não, não estou não. Foi exatamente isso que eles fizeram com o presidente Tancredo Neves. Mantiveram o pobre coitado vivo, à custa de aparelhos, até chegar no dia 21 de abril, por ser feriado e, assim, realizar um velório e funeral à altura do 1º presidente eleito do Brasil, após a ditadura. Diga-se de passagem, cargo que ele, sequer, chegou a ocupar. Os bons jornalistas sabiam, o tempo todo, que aquilo não passava de uma grande farsa...
O garoto, com expressão facial de total espanto, questionou:
- Esse Tancredo Neves era parente do Aécio Neves?
- Era avô! Por sinal, este aeroporto leva o nome dele. Veja lá, disse o jornalista, apontando para o alto e mostrando o grande letreiro prateado com o nome do presidente. E pensar que você nunca tinha ouvido falar o nome dele... Entende agora porque nós, jornalistas, não gostamos, realmente, da maioria das pessoas?
E você, fica, de certa forma, impaciente, quando alguém demonstra falta de cultura?
UMA BOA LEITURA E SÓ ALEGRIAS NESTE NATAL!
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