BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!

* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1959:

SERÁ QUE O TIRO SAI PELA CULATRA?

Do lado de fora da delegacia da PC - Polícia Civil, dois advogados experientes conversavam sobre coisas que vinham acontecendo naquela comarca, desde que houve um crescimento acelerado desses novos profissionais no mercado de trabalho. Disse o careca:

- Imagina colocar nesse mercado já tão saturado, de trinta a cinquenta advogados, por semestre. A cidade e até a região não suportam tamanha demanda. 

O advogado de óculos ponderou:

- Pois é... Quando a cidade ganhou esse curso superior foi aquela festa e todo mundo vibrou muito! Inclusive, eu fui professor lá, durante um bom tempo.

O careca voltou a falar:

- Foi bom você ter falado que trabalhou lá, porque eu tenho comigo uma pergunta, há tempos, e vou fazê-la pra você, agora. Por que os novos formandos em direito estão, cada dia mais despreparados, para enfentar o mercado de trabalho?

- Não acho isso, não! Eles todos têm a mesma formação que nós tivemos em outras faculdades e acho que o profissional sempre foi, é e será fruto do que ele foi, enquanto estudante universitário e não o contrário. Não é a faculdade que faz o profissional, mas o aluno, concorda? 

O advogado careca ficou sem graça:

- Me desculpe, não queria ofender você! Só disse, isso porque eu tenho ouvido cada uma desses novos profissionais... Outro dia, por exemplo, me contaram que um desses novos advogados foi contratado para uma pequena empresa que estava cheia de processos.  Fez as defesas de todos ele, perdeu a maioria, mas ganhou uma minoria. Na hora de pagar as custas advocatícias, ele ficou sabendo que a empresa desse novo cliente está passando por um momento financeiro muito delicado e não tem a minima chance de arcar com essas despesas. Aí, para quitar essa dívida não perder o dinheiro, o advogado propôs passar xis por cento da empresa do cliente para o nome dele e ele aceitou. Porém, o advogado pediu sigilo, porque não queria que a população soubesse da jogada. E, nos últimos meses, o advogado está na maior luta, para divulgar a tal empresa, tentando desvalorizar, o tempo todo, os mais fortes concorrentes da empresa que agora é dele também. A intenção é clara, nesse terreno obscuro: colocar o novo sócio nas alturas, para ver se o difícil e concorrido negócio, onde ele caiu de gaiato, volta a aprumar...

O outro advogado falou:

- Ah, conta outra, porque essa eu já sabia e muita gente da nossa área também já sabe. Difícil situação, porque aquele microempresário está queimado, pois não tem mais a mínima credibilidade, perante a população... Ninguém quer mais fechar negócios com ele...

E você, como vê o baixo nível de certos profissionais da cidade?

UMA BOA LEITURA!

O editor GP escreve mais uma crônica: NÃO BASTA SER POPULAR, TEM DE AGREGAR VALOR!