Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 41
Nº 2046
14/11/2024


GENTE PENSANTE
Bié Barbosa

Bié Barbosa


GENTE PENSANTE 
BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!


* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1966:

EMPODERAMENTO FEMININO: DO FILÉ À DIVISÃO IGUAL DE TAREFAS

Certa vez, durante a divulgação do concurso de beleza GGP - Garoto e Garota Phytness, a Equipe GP postou no instagram GP (@gazetaparamiense) uma foto coletiva de candidatas a esse título, todas de biquinis, com a seguinte legenda:

- No GGP deste ano só tem filé!

Evidentemente, a Equipe GP achou que tinha criado um texto legal, para mostrar o alto nível das candidatas. Porém, em questão de segundos, minha filha mais velha, que mora em Berlim/Alemanha, mandou um recado, puxando a minha orelha. Escreveu assim:

- Pai, que termo é este? Filé? Pelo amor de Deus! Além de antigo, coloca a mulher como artigo de consumo, como se fosse carne. Delete essa frase horrível, tá bom?

Antes de eu solicitar que ela fosse retirada do ar e substituída por outra mais moderna, uma sobrinha, que reside em Belo Horizonte, também bradou:

- Tio, a GAZETA foi muito infeliz em comparar o corpo de uma mulher, nos tempos de hoje, a um filé. Você, que é um jornalista tão esclarecido e acompanha de perto e aplaude o empoderamento feminino, não pode permitir que sejam usados termos assim na GAZETA, que é uma forte formadora de opinião, em Pará de Minas! 

Eu já estava com a carapuça totalmente enfiada na cabeça, quando a minha filha caçula, também jornalista e que mora do outro lado do mundo - em Christchurch/Nova Zelândia - enviou outra mensagem, batendo na mesma tecla:

- Pai, tire essa legenda do ar, imediatamente! Como você permitiu isso? Comparar a mulher a um filé, nos dias de hoje? Tenha dó! 

Não sei se outras mensagens contrárias eu ainda receberia e, antes que isso acontecesse, pedi que trocassem, imediatamente, a polêmica frase. Passados nem sei quanto tempo desse constrangedor episódio, ele me veio novamente à mente, quando, durante uma festa familiar, algumas mulheres conversavam sobre o atual papel delas, no lar. Disse a advogada:

- Os homens têm de dividir as obrigações da casa, sim! Afinal, nós trabalhamos fora e ainda cuidamos da administração da casa e dos filhos. E ai do meu marido vir com aquela lorota de eu vou ajudar você! Eu não quero ajuda! Eu quero é dividir, meio a meio, todas essas obrigações! O homem tem de ter também esse papel, todo dia, como a gente, e não só quando quer ou quando não está tão cansado. Eu acordo de madrugada, durmo tarde, também vivo muito cansada e divido com ele as despesas do lar... Então, ele tem que dividir as tarefas do lar comigo, ora bolas! 

Juntando os whatsApps que recebi sobre o termo filé, tempos atrás, com essa fala sobre a divisão obrigatória das tarefas no lar, vi que a evolução da vida, realmente, não para...

E você, o que pensa dessa subida do poder feminino ao pódio?

UMA BOA LEITURA!

O editor GP escreve mais uma crônica: JÁ PAROU PRA PENSAR O QUE AS PESSOAS PENSAM DE VOCÊ?


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