Fundador: Francisco Gabriel Bié Barbosa

BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”!

VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).

Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 2084:

E QUANDO OS AGRADOS VIRAM OBRIGAÇÕES?

Depois que aquele homem ficou viúvo, ainda jovem, com três filhos menores para criar, o coração de uma amiga daquela família doeu. Após a cremação do corpo da falecida, ela comentou com o marido dela:

- Morro de dó de quem fica viúvo!

O marido indagou, com uma pontinha de ciúme:

- Só de viúvo? Não tem pena de viúva, não?

- Pra falar a verdade, de viúva nem tanto!

O marido estranhou a resposta e perguntou, mais uma vez:

- Por que nem tanto?

- Porque, no dia a dia, uma viúva já faz das tripas coração para cuidar de tantas coisas: da rotina da casa, do marido, dos filhos, dos animais, das plantas... Os homens podem até reconhecer isso, como você que, às vezes, até valoriza o meu trabalho, como mãe, como esposa e como dona de casa. Porém, reconhecer é muito diferente de ter de viver esses trabalhos na pele, todo santo dia! Então, fico pensando agora na casa deles sem ela. Coitado! Como é dito no popular, ele vai pastar...

O marido concordou, mas não deixou de dar uma alfinetadazinha:

- Você está certa, porque vai mesmo. Difícil demais! Deve ser por isso que os viúvos se casam tão rapidamente; para substituir aquilo que eles chamam esteio do lar!

Os dias foram passando e aquela mulher passou a ser como se fosse uma substituta daqueles órfãos de mãe. Acolheu também, de certa forma, o amigo viúvo, chamando-o para passar o fim de semana, com os seus três filhos, em sua casa ou granja. Fora isso, durante a semana, sempre levava na casa deles, que ficava na mesma rua, um prato qualquer que ela mesma tinha preparado. Eles adoravam e sempre agradeciam. Porém, como sempre acontece, depois de um certo tempo, os convites para os fins de semana, bem como o envio de pratos foram ficando, cada vez mais espaçados. Certo dia, o filho mais velho do viúvo cobrou dela:

- Estamos sentindo falta de ir à granja com vocês e também de saborear as coisas deliciosas que você sempre enviava pra gente, viu?

Ela respondeu que, em breve, voltaria a fazer novamente e justificou com um pinóquio falta de tempo. À noite, comentou com o marido:

- Não gostei de ser cobrada por ele. Fiz tanto por eles, durante meses a fio, e agora tenho de escutar isso?

O marido sorriu e respondeu:

- O ser humano é como os animais. Se a gente os ceva, eles, com certeza, sempre vão voltar querendo mais...

E você, tem o hábito de cevar pessoas em sua vida?

UMA BOA LEITURA! 

GERENTE É UM SACO DE PANCADAS DE AMBOS OS LADOS?