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BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).
Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 2086:
VOCÊ GOSTARIA DE SER SEPULTADO OU CREMADO?
Na capital mineira, centenas de jornalistas do estado inteiro foram convidados para participar da inusitada palestra sobre cremação de cadáveres. Apesar da diferente pauta, o número de participantes chegou a quase cem por cento do total convidado. Ali, em um espaço muito bem decorado, o diretor de um de um expressivo crematório passou importantes e atualizados dados do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep) para os formadores de opinião ali reunidos. Entre muitas outras coisas faladas e mostradas, por meio de bem bolados vídeos, foi dito, aqui de forma bem resumida, o seguinte:
- Cada vez mais, a cremação vem ganhando espaço no Brasil. Atualmente, pelo menos 9% dos óbitos resultam nesse tipo de destinação. Países mais desenvolvidos, como Japão (98%) e Estados Unidos (56%) apresentam taxas bem mais altas que a nossa, mas o Brasil vem avançando, gradualmente. Na década de 90, por exemplo, havia apenas um crematório no país, localizado em São Paulo/SP. Em 2020, já eram mais de cento e trinta unidades registradas em todas as regiões do país. A cremação tem se consolidado como uma opção moderna, econômica e ambientalmente responsável. É uma escolha cada vez mais buscada por famílias que desejam uma despedida mais simples e sustentável. Afinal, além de preservar o solo e as águas subterrâneas, a cremação também permite mais liberdade para definir o destino das cinzas, que podem ser guardadas ou espalhadas em locais com significados especiais para o falecido e/ou os familiares do falecido.
Em seguida, o microfone da plateia foi aberto para as inscrições de perguntas e a 1ª, partiu de um colega de profissão de Varginha/MG. Indagou ele:
- Verdade que há casos em que não é possível cremar, de jeito nenhum?
O dirigente do crematório respondeu:
- Olha, apesar da crescente procura, a cremação não é um processo que possa ser realizado de forma imediata em todos os casos. Há exigências burocráticas e restrições legais importantes. Por exemplo: mortes consideradas suspeitas, como acidentes sob investigação, suicídios e casos que possam ser passíveis de exumação, não podem ter os corpos cremados sem autorização judicial. Esse cuidado existe, para garantir que eventuais investigações não serão comprometidas. Em seguida, perguntou o experiente jornalista de Belo Horizonte:
- Você saberia me explicar por que tem gente que não aceita ainda a cremação?
- Veja bem: para muitas pessoas, as crenças religiosas ou tradições familiares ainda são determinantes na hora de optar pelo tradicional sepultamento, em vez da moderna cremação.
A pergunta seguinte partiu de um jovem jornalista de Juiz de Fora/MG:
- Para ser cremada, a pessoa tem de deixar um documento escrito de próprio punho sobre ser esse o seu último desejo?
- Boa pergunta, porque um ponto pouco conhecido é que, mesmo que uma pessoa manifeste em vida, verbalmente, o desejo de ser cremada, essa vontade pode não ser cumprida, se não houver uma autorização por escrito formalmente e – veja só - registrada em cartório. Na ausência desse documento, se, após o falecimento, os familiares se opuserem, prevalecerá a vontade deles. Por isso, é fundamental registrar em vida o desejo de ser cremado. Esse documento evita conflitos, assegura o cumprimento da vontade da pessoa falecida e traz clareza, nesse momento de dor da família.
No fim da curiosa palestra, ficou bem claro para todos os presentes que, com o avanço da informação e o esclarecimento sobre o novo tema, a expectativa é de que, cada vez mais, famílias possam avaliar a cremação, de forma consciente, considerando seus aspectos práticos, ambientais, emocionais e legais.
E você, é daqueles(as) que dizem que isso tanto faz, como tanto fez, já que você estará morto(a) mesmo?
UMA BOA LEITURA!
MAIS UMA ETERNA BRIGA DO ANTIGO COM O NOVO