Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2010
11/03/2024


GIRANDO POR AÍ
Geovana Lage

Geovana Lage

GIRANDO POR AÍ

GEOVANA LAGE BARBOSA, jornalista, nascida em Belo Horizonte em 02/03/1990, é solteira. Seu lema: “A MENTE QUE SE ABRE A UMA IDEIA JAMAIS VOLTARÁ AO SEU TAMANHO ORIGINAL"



PRA ONDE FOI O ORGULHO DE SER BRASILEIRO?

Uma das perguntas que mais escuto, desde quando cheguei a Nova Zelândia, é por que motivo estou morando aqui. O questionamento dos kiwis tem um tom de curiosidade - as pessoas aqui são assim. Sempre que ouço tal pergunta, passo a refletir sobre o meu sonho inicial de ter vindo: aperfeiçoar o inglês, viajar e ter uma vida diferente. Mas, em seguida, começo a pensar sobre o que motiva tantas outras pessoas, jovens ou não, sozinhas ou acompanhadas, a deixarem o seu país de origem. Seria pelas melhores oportunidades? Para conhecer culturas diferentes? Para estudar? Para trabalhar? Pela segurança? Pelos passeios? Para fazer um Ano Sabático? Ou, quem sabe, uma mistura de tudo isso? Independentemente dos motivos de cada um, quanto mais imigrantes conheço, mais tenho a certeza de que sempre vai faltar algo aqui, aí ou em qualquer lugar onde estivermos. Pode ser família, amigos, cultura, clima, comida... Por outro lado, se estamos de volta ao nosso país de origem, devemos sentir falta da tranquilidade e segurança dos países de Primeiro Mundo, da honestidade das pessoas e da independência financeira, que nos permite ter uma vida mais justa. Porém, a chegada da Copa do Mundo na Rússia trouxe sentimentos e lembranças gostosas, em relação ao Brasil, diferentemente de tudo que temos acompanhado, ao longo desses anos: variados desafios, como corrupção, violência e descrenças. Na Copa, vimos um país alegre, reunido, festejando e torcendo pelo verde, azul e amarelo. Até o último minuto da partida contra a Bélgica, não desistimos, mas, depois, nos calamos entristecidos, diante do resultado. Foi aí que percebi que apesar de nós, imigrantes, deixarmos a pátria, sempre daremos um jeito de acompanhar as partidas de futebol de nosso time do coração, nos diversos fusos horários pelo mundo... Digo isso, porque aqui, na NZ, os jogos aconteciam à meia noite, duas ou seis horas da manhã. Mas nós estávamos lá! E como não rolou a copa para nós, espero e desejo que aconteçam positivas mudanças e motivos que nos dêem orgulho de ser brasileiros! 

SEE YOU SOON!

Mais da Gazeta

Colunistas