Quero ser excomungado! Ainda não sei como fazê-lo e, talvez, esta coluna seja suficiente. Tal desejo surge, porque não posso comungar com a atitude da Igreja Católica, no caso da menina estuprada pelo padrasto, no Estado de Pernambuco. Com 33KG, 1M37, essa criança não tem estrutura física (o que dizer então da psicológica?), para suportar uma gravidez. Alias, gravidez de gêmeos. Resultado de 3 anos de estupros sofridos, dentro do próprio lar. O estuprador, seu padrasto. Possivelmente omissa, sua mãe. Esta, juntamente com os médicos que impediram o prosseguimento da inviável gravidez, foram amaldiçoados pela Igreja. Amaldiçoados pelo crime de salvar a vida dessa menina, se é que até hoje ela teve vida. A excomunhão, no interior do nordeste, rotula para sempre a pessoa. A menina, a criança, já constrangida fisicamente, teve a sua alma violentada pelo ato do bispo de Olinda e Recife, referendado pelo Vaticano. Quero ser excomungado, porque a Igreja tinha tudo, nesse caso principalmente, para oferecer apoio e conforto