Quando uma panela estraga, quebra ou perde a alça, fica sem tampa, ninguém sabe o que fazer. Muitas das vezes, ela vai para o lixo ou se arruma uma outra serventia qualquer para aquela panela. O que muita gente não sabe é que existem pessoas que reciclam essas panelas, bem como outros objetos de metal para reutilizá-los. A GAZETA conversou com um desses consertadores. Trata-se de Luiz Carlos Pereira, 63, mais conhecido como Luisinho do Chá de Panela. Ele trabalha em um bequinho, no fundo da loja desse rede, na rua do Rosário. Foi lá que ele recebeu a reportagem GP e falou sobre o seu curioso e importante trabalho. Vale a pena conferir.
“Trabalho na loja, desde a sua fundação há uns 20 anos. Antes, eu fazia vários outros serviços, até que, há uns 8 anos, o Misael me propôs fazer as reformas das panelas. Adorei a ideia e fui para São Paulo fazer um estágio de 15 dias para aprender a transformar as panelas. Quando voltei, já comecei a arrumar as panelas. As panelas chegam aqui cheias de problemas: empenadas, sujas, sem alças, tampas... Aí, eu recupero tudo, corto, coloco alcinha, uma panela de pressão que não funcionava mais vira caçarola, latas de cerveja adaptadas viram caneca, panelas de escolas, de restaurantes e por aí vai. Tudo dá para transformar. E essas reformas são um trabalho que compensa, porque ficam, no máximo, em uns 30% do preço de uma panela nova. Cada reforma fica em torno de apenas 10 reais. Aqui, têm panelas de toda a região: Nova Serrana, Papagaio, Martinho Campos, Pompéu/MG... Conserto uma média de 200 panelas por mês”, contabiliza o simpático Luisinho.