Há alguns anos, o professor Jader Maya (foto) organizou em Pará de Minas uma festa chamada OFF, voltada para o público homossexual. Essas festas foram realizadas durante 4 anos, entre 2005 e 2008. Agora, diante da nova administração municipal, Jader revelou com exclusividade para a GAZETA que está mais entusiasmado em voltar com a festa e organizar uma Parada Gay na cidade. Segundo ele, Pará de Minas é uma das poucas cidades com população superior a 80 mil habitantes que não realiza esse tipo de evento. Segundo Jader, uma parada gay não é apenas mais um carnaval fora de época. Para ele, uma parada assim tenta promover a visibilidade massiva gay, a fim de mostrar à sociedade: o poder desse segmento populacional; reforçar a autoestima dos homossexuais que devem ter seus direitos de cidadania plenamente respeitados; transmitir informações e reforçar junto aos participantes da parada a necessidade da prevenção da Aids e DST; entre várias outras coisas. Mas ele disse mais. Veja.
“Além da Parada Gay que geralmente acontece sempre em algum domingo, escolhido previamente, também penso na realização, dias antes, de uma Semana Gay com palestras para pais e filhos gays receberam todo o tipo de orientações”, adianta Jáder.
A LEI – “A Constituição é a carta de poder maior criada pelo Estado que rege a sociedade. De acordo com o artigo 3º, código IV, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é promover o bem de todos sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
ENQUETE GP - Diante dessas informações, a reportagem GP foi às ruas saber os que os pará-minenses acham da iniciativa. Confira.
1. “Para mim tanto faz, pois não tenho preconceito algum”. Alexandre de Almeida, 18, estudante, bairro Padre Libério; 2. “Eu não acredito que Pará de Minas esteja preparada para esse tipo de evento por ser uma cidade muito conservadora. Muitas pessoas ainda não estão abertas a essas ideias. Aqui, você não vê nem protestos políticos, porque os pará-minenses não são abertos politicamente. Imagine uma Parada Gay”! Marcos, 42, autônomo, Vila Ferreira; 3. “Acho que nossa cidade não está preparada para isso”... Tatiana Oliveira, 23, desempregada, Providência; 4. “Concordo, pois temos que mostrar para o pessoal que todos somos iguais”! Wilson Vasconcelos, 48, metalúrgico, Vila Maria; 5. “Não tenho nada contra pessoas que se relacionam com outras pessoas do mesmo sexo, mas não acho necessário o exibicionismo desse relacionamento”. Gabriel Medeiro, 16 anos, estudante, Centro; 6. “Deve ter sim, pois temos que mostrar o que as pessoas são de verdade e respeitá-las. Existe espaço para tudo, neste mundo”! Adilson Souza, 42, promotor de eventos, Belvedere.