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HISTÓRIA DE VIDA - 06/06/2013

A sessão História de Vida desta edição apresenta o casal Edelweiss Grassi, 82, filha do João Ferreira de Oliveira e de Yolanda Grassi, e Nélson Melo Franco, 88, filho de José Melo Franco e Florisbela de Sá e Melo. Eles estão casados, desde setembro de 1948, tiveram 8 filhos (Humberto, Suzana, Regina, Maria Eugênia, Nelsinho, Edelweizinha, Márcia e Luciana) 21 netos e 3 bisnetos. Juntos, eles contaram para a reportagem GP um pouco de suas histórias de vida. Vale a pena conferir. INFÂNCIA - “Fica difícil de falar da infância, já que faz tantos anos (risos). Minha infância se resumiu a ir ao colégio, pois quando a gente chegava a uma certa idade você entrava no grupo escolar, mas também passeava por aqui, por ali, andava pelas fazendas e andava muito a cavalo”, relembra Nélson. “Naquela época, não havia jardim de infância. Então, nos matriculávamos no grupo escolar, aos 7 anos. Eu estudei no Governador Valadares. Lembro que o papai viajava muito e até nos mudamos para Belo Horizonte, pois ele era farmacêutico, mas decidiu estudar medicina. Então, ficamos lá até ele terminar os estudos. Depois, voltamos para Pará de Minas”, conta Edelweiss. ADOLESCÊNCIA - “Tive uma adolescência agradável, no interior, com aquela calma toda. Estudei no Colégio das Irmãs e o Nélson, no Colégio São Geraldo (extinto). De tarde, eu frequentava, por exemplo, a Praça de Esportes, o Centro Literário que hoje não funciona mais. Gostava muito de jogar vôlei, além de irmos muito para as fazendas, pois meu pai, apesar de ser médico, gostava muito do campo. Minha família é toda de Pará de Minas. É uma família bem grande”, recorda Edelweiss. VIDA ADULTA - “Nos casamos muito cedo, assim que eu saí do ginásio. Ia fazer magistério, mas estava namorando e, então, noivamos e nos casamos. Eu tinha 17 anos e o Nélson, 23. Eu nunca trabalhei fora, porque moramos 5 anos na fazenda. Aí, tivemos nossos filhos e eu fiquei por conta de cuidar das crianças”, justifica Edelweiss. “Já temos quase 65 anos de casamento, é um tempo bom, não acha? (risos). Moramos na fazenda por 5 anos e eu tenho essa fazenda até hoje. Tinha mais de 400 hectares, mas eu dividi entre os meus filhos, dando uma parte para cada um. Alguns trabalham lá na fazenda, outros vão só a passeio. Já a Pavepe surgiu, quando eu comprei a Minas Rural. Primeiro, nós éramos representantes da Ford; depois, passamos para a Fiat”, conta Nélson. VISÃO DO MUNDO - “Eu sou muito otimista, gosto muito de viver, gosto dessas coisas modernas, mas o Brasil, um país tão maravilhoso, possui também essa parte da pobreza, da miséria e uma grande dificuldade para fornecer escolaridade, principalmente para as pessoas do campo. Entretanto, acredito no Brasil, gosto imensamente daqui. Não desejaria ter nascido em outro país qualquer, a não ser aqui”, garante Edelweiss. “O mundo hoje está muito evoluído. Tem muita coisa que não esperávamos que fossem existir e existem. Você pega um aparelhinho igual a esse seu aí e grava tudo o que eu falo aí dentro...tem o celular que você consegue conversar com qualquer pessoa do mundo inteiro... inventaram agora um avião que funciona com energia solar, outra coisa que nunca imaginei que fosse possível. Aqui em casa, por exemplo, tem energia solar que esquenta a nossa água. São coisas que nem imaginávamos que existiram um dia...”, admira Nélson. RELIGIOSIDADE - “Somos católicos fervorosos e rezamos bastante. Temos muita esperança e fé em Deus”, avalia Nélson. “Sou católica, apostólica, romana. Acredito muito em Deus, pois sem Ele não somos nada”, endossa Edelweiss. MOMENTO FELIZ - “Quando reunimos a família toda, no fim de ano, e eu faço um capeletti, prato italiano que aprendi com meus avós. Para mim, essa reunião é uma beleza! Os que moram fora vêm e juntamos a turma toda”, alegra-se Edelweiss. “Momento feliz é quando vemos que a família está toda bem de saúde, que os filhos estão indo pra frente. O que a gente quer ver é isso. Nós temos netos até no Estado do Pará. É uma felicidade ver todo mundo se encaminhado na vida”, conta Nélson. NOTA TRISTE - “É muito triste, quando vamos perdendo nossos parentes mais próximos. Morrem pai, mãe, irmão”..., entristece-se Nélson. “O mais triste para mim foi a morte do meu filho mais velho, que morreu com 45 anos. Nélson está certo... a perda dos familiares e até dos amigos é muito triste, mas o que mais me entristeceu foi perder um filho. Humberto teve um infarto e foi muito duro de superar, mas com a força de Deus nós superamos. Hoje, penso nele junto de Deus e isso me deixa feliz”, conta Edelweiss.

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