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HORAS DE TERROR, NO PATAFUFO - 04/10/2013

A onda de violência realmente vem tomando conta de Pará de Minas, cidade que, um dia, foi pacata. Quem diria? Todos os dias, a reportagem GP toma conhecimento de um grande número de boletins de ocorrências policiais, quando as vítimas passam por terríveis momentos. Uma dessas vítimas teve coragem de relatar para o jornal, com total exclusividade, tudo que ele viveu, recentemente. Trata-se do tatuador Valter Guedes, que, na noite do último dia 21, sábado, estava na casa da família de sua namorada, Deise Freitas, no bairro Patafufo, quando 2 bandidos entraram na casa, renderam todo mundo que viveram momentos de pânico e horror. A reportagem GP conversou com o tatuador Valter, que contou detalhes desse momento. Não deixe de ler. “Decidi tirar o sábado para descansar e fui para a casa da minha namorada assistir a um filme. Pedimos uma pizza e, por volta das 23H, o entregador chegou. Fui ao portão receber a pizza e, ao voltar para dentro de casa, minha sogra gritou dizendo que havia 2 assaltantes lá dentro. Eles entraram com a arma apontada para a cabeça dela perguntando aonde tinha cofre. Respondemos para eles que em casa de pobre não tem cofre. Daí, eles perguntaram de quem era o carro preto estacionado na porta e eu disse que era meu. Perguntaram se era financiado e se tinha seguro e eu respondi que não. Eles disseram, então, que sentiam muito, mas que eu ficaria sem o meu carro, pois eles precisavam de trabalhar. Eles falaram, ironicamente, que, enquanto eles estavam trabalhando, eu estava me divertindo”, relembra Valtinho, como é mais conhecido. FILME DE TERROR – “Eles nos amarraram, um por um, e um deles saiu no meu carro para colocar combustível, porque meu carro não estava abastecido. Na volta, próximo ao bairro Jardins das Piteiras, ele bateu o assoalho do carro em uma lombada e, devido ao excesso de velocidade, acabou rasgando o carter, onde fica o reservatório de óleo. O bandido chegou em casa muito nervoso, gritando que tinha batido o carro. Olhou para mim e disse que eu era um cara de sorte, que o meu santo era forte, porque, por meu carro ter estragado, eles não teriam como levá-lo. Dessa forma, roubaram o carro do meu sogro. Além do carro, levaram R$ 1.200,00. Foi um momento extremamente tenso... a gente nunca imagina passar por isso. Parecia até cena de filme de terror... a gente dentro de casa, quando, de repente, aparecem 2 caras com uma arma apontada para a sua cabeça... Muito tenso”. ASSASSINOS? ESTRUPADORES? - “Porém, em momento algum, os bandidos fizeram alguma coisa ruim contra nós. Foram até tranquilos e não demonstraram stress. Falaram que eles não eram assassinos nem estupradores e que não precisávamos nos preocupar, porque eles não iriam fazer nada com as mulheres; que eles só queriam o carro para fugir e que, em 1 ou 2 dias, iriam abandonar o carro em algum lugar. O único momento em que eles colocaram as mãos na gente foi na hora de amarar a gente”. COMO ELES ERAM? – “Não tivemos como reconhecê-los, porque eles estavam com os rostos cobertos, mas um deles tinha a sobrancelha grossa e escura e a pele branca; ambos tinham porte mediano e daqui da cidade eles não são, porque não sabiam dirigir pelo bairro, nem sabiam onde era via de mão ou contra-mão. Felizmente, tivemos a sorte de recuperar o carro do meu sogro. Os prejuízos materiais foram pequenos e a gente corre atrás e recupera. O importante é que nada foi feito contra a vida da gente, nosso bem mais precioso”...

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