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FALTA D’ÁGUA - 04/10/2013

As chuvas começaram a cair na cidade, mas o problema com a água em Pará de Minas persiste. Diante disso, a reportagem GP conversou com o presidente do Ama Pangeia/Codema, José Hermano Oliveira Franco, que esteve presente na tribuna da câmara, há algumas semanas e apresentou aos vereadores uma possível solução para o problema que já vem esquentando a cabeça da população: a renovação do contrato com a Copasa. “A falta d’água é um problema muito sério, porque não tem água mesmo Pará de Minas, tem muitas nascentes com pouca vazão precisa de áreas enormes para ter um caninho d’água. O 1º problema é a parte física: Pará de Minas está crescendo; o 2º problema é a ingerência e não quero jogar pedra em ninguém; saliento isso, porque estou falando como técnico. Uma coisa tão séria assim tinha que ser levada com mais método. É algo que envolve a cidade inteira; é algo que precisa de audiência pública, de, pelo menos, haver um certo consenso. Não se consegue ir adiante sem método. Inclusive, eu já sugeri que se criasse uma Equipe Multidisciplinar com 3/4 pessoas para criar cenários para todo mundo entender porque se está indo por esse ou aquele caminho. A partir daí, todo mundo vai poder ajudar, sejam os vereadores sejam os órgãos, presidente do conselho, todo tipo de técnicos... Enfim, todo mundo indo junto com uma mesma finalidade. Isso é método, coisa que não está tendo”, alarde José Hermano. DITADURA – “Através do prefeito, foi feito um pré-contrato que já foi enviado à Copasa, mas os vereadores não viram, nós não vimos, ninguém viu nada. Ou seja, não há consenso ainda, porque ninguém da prefeitura explicou nada para ninguém. Quando ele chegar na câmara, fulano não vai gostar disso, cicrano não vai entender aquilo e a pressão popular fará que seja assinado qualquer coisa. O meu medo é a pressão popular, porque está faltando água, inclusive na minha casa, todos os dias. Por causa disso, poderá ser assinada qualquer coisa, essa pressão vai aumentar porque não chove. E, mesmo assinando, ano que vem não vai ter água, não por questões de valor, mas pelo tempo que se gasta para fazer a obra. Tem de ser tudo muito bem estudado, o contrato de ser trabalhado. Dizem que vão trazer água da Serra Azul. Só que isso não é solução para 30 anos. É só um paliativo para, daqui uns 10 anos, a gente ter de fazer outra coisa, tudo de novo”. NÃO É BENEFÍCIO – “Já falaram uma série de bobagens como a que a Copasa vai investir 120 milhões de reais para trazer água para a cidade, como se isso fosse beneficio. Isso não é beneficio! Ela só está colocando o produto dela na prateleira para vender. Benefício é ela dar para gabião para lagoa. Mas não é culpa deles também não, porque, repito, o processo está sendo muito mal conduzido. Não estou querendo dizer também que é culpa de administrações atual ou passadas. Meu foco é sugerir métodos e vai chegar um momento que vamos falar mais grosso. Já furaram 16 poços artesianos, mas deu água só em 2. Então, vamos falar em benefício se ele for para durar 30 anos. Esse assunto vai repercutir muito ainda... Não sou conivente com o que está acontecendo e, para evitar esse tipo de coisa, vamos ter de trabalhar todo mundo junto. Sei que os vereadores estão interessados nesse assunto, porque eles vão atrás, questionam. Se eles focarem sai algo bom. Agora, se não tiver foco, vamos ficar só brigando”. * O prefeito Antônio Júlio, decretou, no fim da tarde do dia 27, 6ª feira, estado de calamidade pública em Pará de Minas, pela falta de água. À noite, as chuvas começaram a cair na cidade, como era previsto.

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