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Médico patafufo entre os melhores de BH - 17/10/2013

Para eles parece que foi ontem que eles postavam-se, solenes e de braços erguidos, com vozes firmes e emocionadas, na presença de amigos, pais, colegas. Depois, pronunciaram o juramento de Hipócrates, personagem da Grécia Antiga que se tornou paradigma para os médicos ao fundar os alicerces de uma medicina científica e, ao mesmo tempo, profundamente humana. Entretanto, já se passaram 20, 30 ou 50 anos e aqueles jovens já trilharam um longo caminho na medicina, encarando o exercício da profissão como uma verdadeira missão. Construíram carreiras, acumularam conhecimentos e experiências, enfrentaram diagnósticos incertos, viram-se diante de casos desafiantes, surpreenderam-se com a força de alguns pacientes, mas sofreram com a perda de outros. Nessa bonita e desgastante profissão, encontraram a autorrealização e também a incomparável possibilidade de prestar ajuda ao próximo. Em Belo Horizonte, a revista Encontro selecionou e conversou com 80 desses profissionais experientes, quando apontou 22 como referências na capital mineira. Nessa concorrida lista, um médico pará-minense, que, como os outros 21, tem sua trajetória reconhecida pelos próprios colegas de profissão. Trata-se do oncologista do Oncocentro e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e da Escola de Enfermagem da UFMG, Roberto Carlos Duarte, 69 anos, 46 de carreira. Veja agora o que ele disse, ao saber que seu nome estava na disputada lista. “A oncologia é uma das especialidades em que a atuação do médico mais conta. Os diagnósticos de câncer vêm como uma marca e trazem muita angústia. Por isso, a relação entre médico e paciente é tão importante e precisa ser humanizada”, observa Roberto, filho de Conceição e José Vital Duarte, que alivia o cansaço emocional de seu pesado dia a dia com idas diárias ao Minas Tênis Clube, onde pratica atividade física e se encontra com amigos. A CARREIRA - Formado em 1965, o médico Roberto Carlos assistiu ao nascimento da Oncologia como uma especialidade, numa época em que a maioria dos médicos eram clínicos gerais. Foi para os Estados Unidos em busca de mais conhecimentos e, na volta, na década de 1970, criou o setor de oncologia do Hospital Felício Rocho, onde surgiu a 1ª residência na especialidade, em Belo Horizonte. (Matéria sugerida por DANTE LAGE).

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