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HORA DE REALIZAR UMA FESTA - 31/10/2013

Quem nunca ouviu falar em cerimonial? A grosso modo, eles são o cartão de visita de uma festa ou evento bem organizado, já que são eles os 1ºs profissionais que os convidados encontrarão pela frente para dar, muito mais que as boas-vindas, todas as coordenadas sobre tudo o que vai acontecer naquele local. Como toda festa, seja de formatura, casamento, aniversário, etc., para ser bem organizada, exige um bom cerimonial, Pará de Minas não foge à regra e já possui várias empresas do ramo. Para saber como tudo realmente funciona, a reportagem GP, aproveitando que anteontem, dia 29, foi comemorado o Dia do Cerimonialista fez contatos com todos esses profissionais da cidade. Apenas um deles não enviou resposta em tempo hábil. Vale a pena conferir o que cada um disse. SOLUÇÃO DE PEPINOS – “A principal função de um cerimonial é administrar e organizar os detalhes de cada evento, dando apoio incondicional aos seus clientes, aos contratados (fotógrafo, cinegrafista, buffet, etc.) e serviçais. Tudo isso com a maior discrição possível, solucionando todos e quaisquer pepinos que possam surgir. Enfim, o cerimonial é contratado para que o cliente possa viver plenamente o seu grande momento”. (STELLA MORENO, da Fina Flor Floricultura). TUDO TEM QUE DAR CERTO - “Acredito que a importância maior de um bom cerimonial é a organização, além, claro, de passar tranquilidade para as pessoas que nos contrataram. No princípio trabalhava com o meu irmão, Angelo Caffaro. Ele fazia a decoração das festas e me contratava para fazer os cerimoniais. Em um cerimonial tudo tem que dar certo, porque não há volta. Vamos supor que algo dê errado, na hora que a noiva está entrando na igreja... Não tem como voltar. Portanto, o cerimonialista tem que trabalhar bem para que tudo esteja de acordo para, na hora H, nada sair errado. Apesar de todas as dificuldades, trabalhei neste setor por mais de 20 anos e sempre achei muito gostoso fazer cerimoniais. Hoje, não faço mais; só parei, porque já estava muito cansada”. (YOLANDA CÁFARO, da Floricultura Girassol). É PRA CUIDAR, NÃO EMBELEZAR - “O responsável por um casamento funcionar é o cerimonial e ele não é contratado para recepcionistas ficarem falando boa tarde ou boa noite. Cerimonial é contratado para resolver problemas, desde a elaboração de uma planinha de custos até uma enchente que pode molhar o salão todo; ou a luz acabar... Não é difícil coordenar um cerimonial, quando se tem gente treinada para isso. Na hora de contratar um não é bom contratar um que está começando ou é bonitinho. Cerimonial é para cuidar e não para embelezar. Ele é responsável por 350 convidados e mais outras 60 pessoas trabalhando. Cerimonial que fica ao redor da noiva a noite inteira só está querendo mostrar serviço. Um cerimonialista precisa ter uma postura mais séria, mas em se tratando de Pará de Minas, acaba-se cumprimentando as pessoas por nome ou até com um abraço, pois todo mundo conhece todo mundo. O mais difícil em um cerimonial é o excesso de bebida por parte dos convidados e você tentar controlar isso, sem que isso vire um problema. Falta de informação e preguiça deixam qualquer cerimonial despreparado. Então, se for preciso refazer um arranjo ou uma cortina, carregar mesas e cadeiras tem de refazer tudo e de carregar também. Isso faz parte de um cerimonial preparado”. (CARLLOS NOGUEIRA, da Chuva de Arroz). GLAMOUR E EXAUSTÃO - “A cerimônia de um casamento, formatura e aniversário de 15 anos são alguns dos momentos mais importantes na vida das pessoas. Por isso, toda a preparação e a festa precisa sair perfeita, de acordo com o planejado e, principalmente, de acordo com o gosto de cada um. Esse o principal papel do cerimonialista que não tem a função apenas organizar a fila de padrinhos na porta da igreja; é um conjunto de tarefas, onde o resultado final tem de ser impecável. As principais funções são, então: organizar, planejar, auxiliar nas tomadas de decisões, e trazer tranquilidade e economia financeira para os anfitriões. E sempre surgirá mais um item para se resolver, porque, além de todas as funções, sempre que surgirem problemas, o cerimonialista terá de resolvê-los. Para que tudo ocorra impecável, muito trabalho é realizado nos bastidores, até o último instante do evento. A recepção dos convidados é o momento em que eles têm a 1ª impressão sobre o evento e o cerimonial. Daí, a importância da criteriosa escolha e preparação da equipe que funciona como linha de frente. Temos que ser discretos e, mesmo que conheçamos os convidados, nunca podemos cumprimentá-los com intimidade. Tudo com muita seriedade, mas sem deixar de ser cordial, criativo, elegante, ter bom senso, raciocínio rápido, segurança e, principalmente, soluções técnicas e profissionais. É uma profissão que tem muito glamour, porém exige conhecimento e aplicação de tantos detalhes que se torna exaustiva. Como a maioria dos eventos acontece nos fins de semana, nós temos de trabalhar, quando todos se divertem. (LÍVIA GUIMARÃES e MAÍSA BARBOSA, da Buquê Assessoria e Cerimonial. POIS NÃO, SENHOR - “Sou uma cerimonialista pública e não de eventos particulares. Meu trabalho é assessorar o presidente da assembleia e, para tanto, tenho uma equipe que planeja tudo antes. Aí, eu executo, efetuo as cerimônias, recepcionando os convidados, identificando as autoridades que, possivelmente, serão citadas pelo mestre de cerimônia e até poderão compor a mesa de honra. Quando o evento é realizado fora da assembleia, chego na cidade para onde o presidente irá, 24 horas antes dele, cuidando de todos os detalhes da preparação do evento, recepcionando-o no aeroporto e colocando-o a par de tudo (discurso, nomes das autoridades, etc.), enquanto o conduzo ao local, onde até marco o lugar que ele ocupará na mesa de honra. Por falar nisso, quando o governador do Estado ou o vice-governador não estão presentes, ele é a principal autoridade, ocupando a cadeira principal. O tratamento que dou a ele, ainda que diariamente tenhamos uma convivência mais informal, na hora dos eventos tem de ser um tratamento bem profissional, totalmente formal, quando só me dirijo a ele, usando termos como: Mais alguma coisa, presidente? Pois não, senhor!” (JÚLIA MANSUR, cerimonialista da Assembleia Legislativa de Minas Gerais).

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