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Empresário do Ano tem 10 estatuetas do Garra - 31/10/2013

Na noite do dia 25 de outubro, no salão do Patafufo, empresários locais, mais uma vez, marcaram presença no tradicional evento Empresário do Ano, promovido pela Ascipam Empresarial. A noite, como sempre, foi de muitas homenagens, destacando empresários e profissionais que se destacaram, em vários segmentos da economia patafufa. E assim, 26 comerciantes, industriais, agropecuaristas e prestadores de serviços receberam da associação o reconhecimento pelo trabalho que desenvolvem no município. O show de abertura ficou a cargo da ainda pouco conhecida Rachel Jesuton, cantora inglesa, nascida em Londres, filha de pai nigeriano e mãe jamaicana. AS 4 SURPRESAS – Após o show, a empolgada e tradicional mestra da cerimônia, radialista Myrtes Pereira apresentou aqueles que a Ascipam, através de seu presidente Edaurdo Leite, considerou os melhores, entre melhores. Ou seja: Melhor Comerciante: Antônio Souza, do Grupo O Milhão, de Florestal/MG; Melhor Industrial: Antônio Simão, da Sibra (tem uma estatueta do Garra); Melhor Agropecuarista: Carlos Alberto de Moura Morato, da Pro-sui (ganhou o Garra deste ano, no Agronegócio) e Melhor Prestador de Serviços: Osmar França, da Girus (vencedor de 10 estatuetas do Garra Profissional, inclusive a deste ano). Em seguida, a Ascipam revelou aquele que ela considerou como o melhor de todos os 4, Osmar França, o novo Empresário do Ano. Em seguida, foi servido um coquetel sem bebidas alcoólicas, fazendo com que ele se encerrasse rapidamente. POR QUE ELE? – Porque Osmar França, pai de Sílvia e Sérgio (do casamento com Agnes Campolina Leitão) e Alícia e Arthur (do casamento com Adriana Moreira) se reinventou todas as vezes que a vida pediu. Aos 10 anos já trabalhava na vendinha da família, em Tavares/MG, enquanto o pai Zé Bentinho administrava um outro armazém, no Centro de Pará de Minas. Ele abria as portas ao meio dia, quando voltava da escola e, sozinho, atendia no balcão, fazia a contabilidade e providenciava a renovação do estoque. Manteve essa rotina até a família se mudar para cá. A morte prematura da mãe, Bernadete, lhe trouxe uma tristeza enorme e como era o filho mais velho sentiu-se na responsabilidade de ajudar na criação dos irmãos. A vontade de ter o próprio negócio o levou a abrir uma loja de confecções na rua Direita (Osmar Jeans) que inovou nas liquidações que faziam as filas dobrar o quarteirão, durante até 3 dias. Lojistas de outras cidades também passaram a contratá-lo como realizador de suas promoções. Empreendedor, foi levantando a demanda de Pará de Minas e identificou a falta de eventos. Enchendo-se de coragem, procurou a diretoria do Patafufo, pedindo a oportunidade de organizar o carnaval. Perguntaram se tinha experiência e ele pediu confiança. De contrato na mão, viajou para aprender em tempo recorde como é que se realizava uma boa festa popular. O carnaval do Patafufo foi espetacular, mas enquanto as pessoas comentavam os pontos positivos, ele procurava solução para aqueles erros que só ele via. A fama de promotor de eventos veio rápida e chegou o convite da sociedade local para a abertura do El Faro que, dois anos depois, já seria seu. Ligado em tudo que acontecia nos grandes centros, ele foi a São Paulo para a estréia do filme Os Embalos de Sábado à Noite (com John Travolta) e copiou a pista de dança. Foi um sucesso! Entusiasmado, também criou grandes bailes na cidade: Destaques, Brotinhos, Baile dos Barangos, revèillons famosos, horas dançantes e várias festas no Automóvel Clube. Depois, Osmar vendeu o El Faro e recebeu o convite para organizar uma exposição em Dores do Indaiá/MG, estourando como promotor de eventos. Como os convites se multiplicaram, ele fechou também a Osmar Jeans. Meses depois, foi surpreendido com a proposta de comprar, na rua 8 de Maio uma boate em fase de montagem. Gostou da novidade. Fez uma pesquisa que elegeu o nome da Casa: Girus. Inspirado nas grandes discotecas brasileiras, investia tudo que ganhava no novo negócio, preocupando os amigos que perguntavam a ele se não era risco demais. Mas ele nunca ouviu os palpites e, hoje, 24 anos depois, a Girus está entre as melhores boates do país, projetando até nacionalmente o nome de Pará de Minas. Com excelente estrutura e capacidade máxima para mais de 2.000 pessoas, a Girus movimenta toda a cadeia hoteleira da cidade, assim como a rede de restaurantes, lanchonetes, táxis, estacionamentos privativos e outros serviços. Mensalmente, ela traz a Pará de Minas cerca de 9 mil pessoas. A Girus conta com 100 funcionários que formam uma equipe fiel, conquistada pela confiança e boa remuneração. HUMILDADE - A reportagem GP conversou com o conhecido empresário da noite, como a GAZETA sempre o trata, tão logo ele desceu do palco. Veja. “Quando subi para receber o prêmio me emocionei muito... a boca ficou seca... não consegui falar nada. Eu até peço desculpas (através da GAZETA), pois não sou muito bom para dar entrevistas. Gosto muito é de trabalhar atrás das cortinas e não no palco. Existem aquelas pessoas que nasceram para estar no palco, eu nasci para trabalhar por detrás das cortinas. Mas agradeço a todos os frequentadores e aqueles que contribuem para que a Girus e o nosso trabalho seja reconhecido. Agradeço também aos Pará-minenses que, quando viajam, levam o nome da nossa Casa e acabam fazendo uma propaganda boca a boca. É isso que me fez alcançar esse sucesso que tenho hoje. O segredo para ser bem sucedido, creio eu, é determinação e força de vontade! Quero compartilhar esse prêmio com todos os outros 3 empresários, pois todos são também merecedores”, emocionado Osmar França.

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