Os empresários Elias Diniz, José Júlio de Faria e Valdir Ferreira estiveram, durante 18 dias, de 10 a 27 de outubro, em uma missão empresarial na China e nos Emirados Árabes para participar de uma das maiores feiras do mundo, a Canton Fair Complex, em Guangzhou/China, e visitar uma feira de produtos eletrônicos, em Dubai, capital dos Emirados Árabes. Aproveitaram a oportunidade para conhecer outras cidades como Beijing, Pequim, Hong Kong e Macau. Como não poderia deixar de ser, a reportagem GP correu atrás desta importante notícia, quando conversou com Elias Diniz que contou em detalhes tudo sobre essa fantástica experiência experiência. Não deixe de ler.
“Tivemos a oportunidade de conhecer a China, de norte a sul, uma extensão territorial ampla. Tivemos a oportunidade de conhecer algumas cidades em torno dessas grandes capitais (Pequim e Dubai). O objetivo principal da viagem foi uma missão empresarial para participar de uma feira em Guangzhou, a Canton Fair Complex, uma das maiores feiras do mundo que envolve segmentos industriais - linha automotiva, iluminação e automação. Ou seja, é uma feira que atende a todos os segmentos, inclusive na área voltada para a linha de bicicletas e motocicletas. Como havia mais de 36 mil expositores, se você não tiver foco, não consegue visitar todos os fornecedores. O interessante é conhecer a organização e a dimensão do evento. A China realmente tornou-se uma referência para o mundo e Dubai possui uma engenharia espetacular; é um país com visão futurista. Temos de reconhecer que, quando há planejamento, metas e diretrizes governamentais, o país consegue desempenhar um bom papel”, adianta o didático Elias.
12 PONTOS POSITIVOS – “Para se ter uma ideia: 1) Em Hong Kong, em apenas um dia, você abre uma empresa, porque não existe tanta burocracia como no Brasil; 2) a China, até pouco tempo, pagava um salário muito baixo, mas nós observamos que hoje os chineses estão tendo melhor condição em termos de poder aquisitivo; 3) isso reflete em investimentos na educação, que é superior à nossa, em disciplina e carga horária; 4) suas cidades, em termos de logística, nos surpreendeu pelo transporte público de qualidade que, apesar de ter uma frota maior que a daqui, possui um trânsito melhor que o nosso com o custo das passagens de ônibus e metrôs baixíssimo; 5) a disciplina deles na base familiar é de muito respeito; 6) a alimentação também nos chamou a atenção pela qualidade, pelo aspecto saudável com índice mínimo de açúcar e sal. Eles buscam muito a medicina alternativa; 7) existe controle da natalidade (se o casal tiver mais de 1 filho sofre restrições e perda de certos benefícios); 8) a rede hospitalar é bem utilizada, usando métodos como a acupuntura e ingestão de ervas como forma de tratamento; 9) a China está se descobrindo com um potencial turístico incrível; 10) o povo chinês é muito receptivo, parecido com o brasileiro. A alegria deles é visível, quando eles vem alguém diferenciado, pois eles são praticamente muito parecidos (riso); 11) a segurança pública, independentemente do horário que você sai, não precisa ficar preocupado, porque o índice de criminalidade é mínimo; 11) não vimos ambulâncias, de um lado para o outro, o tempo todo, como não vimos viaturas com os giroflex ligados para atender ocorrências. São reflexos que trazem segurança para a sociedade; 12) e a televisão não foca tanto em tragédias como aqui. Enfim, existe no Brasil uma imagem negativa sobre a China, mas nós temos que aprender muito com eles. Com aquela industrialização de tecnologia de ponta, o país tem condições de produzir muito mais do que se imagina. Se o Brasil não obter tecnologia de ponta também, boa parte do nosso pólo industrial será sucateado, nos próximos 10 anos”...
4 PONTOS NEGATIVOS – “Lógico que também existem pontos negativos. Senão, vejamos: 1) Os brasileiros rotulam os produtos chineses como descartáveis, apesar deles terem qualidade; 2) e o índice de poluição da China é alto. Ela precisa desenvolver uma política de conscientização ambiental como o nosso. Apesar de ser um país com alto índice de industrialização ainda não cumpre seu dever. Lá, você só consegue ver o céu azul, quando chove; 3) não existe a obrigatoriedade do uso de capacetes para motociclistas. Entretanto, observamos que os chineses, ao dirigirem seus veículos, não têm esse desespero no trânsito; 4) e o facebook e o youtube são censurados e bloqueados. Enfim, esta é a leitura que tivemos da China”.
A GAZETA ESCLARECE - A popular Muralha da China é composta por várias muralhas separadas, construídas entre o séculos XI AC e III AC. Juntas, elas somam 50.000KM. De suas fortalezas e torres, o povo chinês controlava os vales. Quando um dos guardas via inimigos se aproximando, acendia fogueiras para informar às torres vizinhas. Ao ver as fumaças, as torres vizinhas acendiam outras fogueiras para passar a informação mais adiante, enquanto todos os soldados se preparavam para se defender.