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AGRAVA-SE A BRIGA Em entrevista, o chefe de departamento da Copasa, João Andrade, só se referiu ao prefeito Antônio Júlio como o atual prefeito - 20/02/2014

A situação da água em Pará de Minas continua lastimável. O racionamento de água nos bairros e o aumento da taxa de esgoto para 90% incomoda e irrita toda a população. Na tarde do dia 11, 3ª feira, o Chefe do Departamento Metropolitano da Copasa, João Andrade do Nascimento, esteve em Pará de Minas para falar sobre diversos assuntos. A reportagem GP, como não poderia deixar de ser, esteve com ele e conta agora o que ouviu. Informe-se. “Estamos no 3º ano de uma seca consecutiva em grande parte do Brasil, quando situações mais graves estão acontecendo em São Paulo. Pará de Minas é uma cidade onde temos uma situação atípica com grave problema de equilíbrio de água e demanda. As pessoas estão gastando mais água justo no período de falta de chuva e nós temos feito ações dentro de um plano apresentado a alguns meses atrás, quando investimos aproximadamente 2 milhões de reais em materiais para criarmos modificações no sistema atual para atender todos os bairros. Investimos cerca de 750 mil reais com caminhões pipas para, de alguma forma, amenizar os problemas e ainda pretendemos furar mais 6 poços artesanais, na perspectiva de aumentar a oferta de água. A Copasa captou cerca de 186 litros por segundo, através desses mananciais, além de 30 litros dos poços,” diz João Andrade. E A RENOVAÇÃO DO CONTRATO? – “O contrato original venceu em 2009 e, a partir de então, estabelecemos negociações com o prefeito anterior (Zezé) e que vem se arrastando com o prefeito atual (A.J.). Essas negociações foram feitas com a seguinte lógica: quanto será gasto na cidade até 2043, com uma população na faixa de 130 mil habitantes? Isso demanda recursos enormes, prazos, licitações, projetos e uma concessão cara. Enxergamos essa data, baseados no que a cidade vem crescendo, em relação aos dados do IBGE. Notamos que a cidade não crescerá tanto em número de pessoas e sim em qualidade de vida e (quantidade de) casas. Precisamos investir, porque se não o fizermos, em dado momento, vai impactar a oferta de água. Portanto, a negociação vem se arrastando, não por vontade da Copasa. Se já tivesse sido resolvido, provavelmente não estaria assim e os investimentos já estariam sido feitos. No mais, a Copasa não vai simplesmente embora por uma não renovação da concessão, porque olhamos o lado da população. Mas, a partir do momento que não formos mais aceitos, iremos nos retirar”. 50% ou 90%? - “É preciso entender que o regulamento oferece 2 tipos de coisas: o esgoto dinâmico tratado, que é levado à estação de tratamento (90%), e o esgoto dinâmico coletável, quando não há estação, você coleta e o leva para um córrego (50%). O atual prefeito pediu para que suspendêssemos esse aumento de 40%. Aí, entramos com um recurso e ganhamos e a nossa cobrança (90%) segue normal. Se, durante o processo, a nossa sentença não prevalecer, aí, sim, falaremos em devolução e ressarcimento. A sentença do juiz não faz com que seja suspensa a cobrança. Isso só acontece, após o fim da sentença. A Copasa nunca iria fazer um negócio à margem da lei”. A CULPA É DO PREFEITO? – “Não podemos culpar o atual prefeito (A.J.), porque a câmara tem de aprovar o contrato. O que o atual prefeito poderia fazer é mostrar o contrato e dizer se aprovam ou não. Continuar da forma que está não dá. Alguém tem de fazer os investimentos; se continuar assim vai agravar o cenário de falta d’água e no ano que vem será pior. O prefeito atual nos fez uma exigência e nós atendemos. Aí, ele veio com outras reivindicações e não pudemos atendê-las. Uma delas seria fazer uma tarifa só para Pará de Minas e a lei não permite isso. Todas cidades têm tarifa igual. É uma regra de toda empresa; a lei não é feita para mim, para o Judiciário, mas para todo o país. Qualquer empresa que assumir o sistema da cidade também será assim. A agência reguladora (S.A.E.) vai confiscar e calcular todo e qualquer investimento. Mas, conversamos com o atual prefeito, sabemos que temos defeitos na questão de água e esgoto, mas tenho certeza que não seríamos A Empresa Modelo do Brasil se fossemos tão ruins assim. Nós damos conta do problema de água de Pará de Minas, e o atual prefeito sabe disso, e espero que Deus o ilumine para tomar a melhor decisão possível para a cidade. Favorável ou não para a Copasa, estaremos aceitando isso como parte de um negócio, sem problema algum”.

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