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Nº 2046
14/11/2024


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FALA LEITOR - 20/02/2014

OS ROLEZINHOS DA COPA Chegamos ao Ano da Copa! Também teremos eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Como conhecemos a política brasileira, sabemos que nesta reta final vale tudo. Vale superfaturar tudo que não foi feito até agora para viabilizar esta famigerada Copa com a costumeira alegação de que agora o tempo acabou e precisa ser feito, custe o que custar. Afinal, é a famosa tradição do futebol brasileiro que está em jogo. Vamos escancarar as torneiras, pois abertas elas já se encontram há muito tempo, já que os eventos da Copa não podem atrasar. Os hospitais, escolas e estradas que se danem, mas os estádios, carinhosamente chamados de arenas, têm que estar perfeitos! Quanto aos aeroportos, a presidenta afirmou, durante um seminário empresarial na França, em dezembro do ano passado, que iria criar 800 novos aeroportos para fortalecer a aviação regional no país. Alguém sabe onde foram construídos esses novos aeroportos? Agora, perto da Copa, já vale até fazer puxadinhos, pois os aeroportos existentes estão caóticos. A Anac já informou que vai liberar mais 1.500 novos voos para as cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo, mas de que adianta liberar novos vôos, se não temos condições de suportar nem os atuais? Bem, vamos aguardar até junho, quando veremos a realidade. Também neste início de ano apareceram palavras novas na mídia, como rolezinhos que o governo insiste em dar uma conotação de movimentos sociais dos excluídos. A ministra da Igualdade Racial, Luiza Barros, chegou ao cúmulo de dizer que uma parcela da sociedade branca se incomoda com a presença de jovens negros nos shoppings. Essa tese não resiste à mínima observação direta, onde vemos negros e brancos conviverem pacífica e democraticamente. Ninguém, independentemente de cor, gosta de bagunça em shoppings e sempre que há uma multidão há risco de bagunça. Isso não tem nada a ver com racismo ou luta de classes. Quando o governo diz que há discriminação de classes e de raça está mentindo e, quando busca jogar uma classe contra a outra, está praticando a doutrina do sociólogo comunista Karl Marx para quem a luta de classes é a força motriz por trás das revoluções. Movimentos orquestrados do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), da Uneafro, Movimento Periferia Urbana e outros para fazer Rolezão Popular deixam clara a intenção política de se promover a bagunça. Lembrem-se de que durante a Copa das Confederações ocorreram movimentos contra a Fifa e a Copa do Mundo, mas os manifestantes foram barrados pelo governo, bem longe dos estádios. Por sinal, esse mesmo governo que hoje defende os rolezinhos. Na época, as barreiras em volta dos estádios eram necessárias para preservar a ordem, mas agora essa mesma preservação da ordem significa discriminação racial. Ora, façam o favor de contar essas histórias para outros. Os rolezinhos orquestrados são uma variação urbana dos movimentos que o MST fez no meio rural. Resta saber como vai se comportar a população que não tolera mais a desordem e já identificou essa clara tentativa de se promover uma luta de classes. (CÉLIO PEZZA, SÃO PAULO/SP). DOOU DINHEIRO QUEM QUIS... Conceituado jornalista de Divinópolis anunciou em tom dramático uma notícia vergonhosa: “José Dirceu, Delúbio e Cunha vão pedir doação para pagamento de multa”. Indignado, o inteligente jornalista não se conforma com o fato de que militantes se uniram para pagar a multa imposta pelo STF ao ex-deputado José Genoíno. Pra começo de conversa, é inteligente e necessário separar Marcos Valérios de Josés Genoínos, assim como Lênin e Stálin são figuras completamente opostas, mas que grande parte das pessoas não sabe diferenciar. Vamos aos fatos: José Genoíno, um ladrão que não embolsou o produto, tem como único patrimônio uma casa simples em São Paulo/SP. A ele foi determinado o pagamento de R$ 667 mil em multa, no fim de seu julgamento no STF. Sem imóveis ou dinheiro no banco, acabaria não pagando a pena pecuniária. Mas resolveu agir diferente. Sua filha criou uma página na internet pedindo doações. Em poucos dias, mais de 2 mil pessoas participaram e o dinheiro foi arrecadado. A multa foi paga. Sob o ponto de vista legal e moral, o que há de errado? Tudo foi feito às claras e não em reuniões de gabinete. As doações foram voluntárias. Doou quem quis, sem ferir ou prejudicar ninguém. Assim como um religioso pode dispor dos 10% para as obras da igreja, um militante tem todo o direito de participar de um ato como esse, um ato político e carregado de simbologia. (BRUNO QUIRINO, Divinópolis/MG, cujo título original é Simbologia Política). QUEM É QUEM NO FACEBOOK? Cada um de nós desenvolve (consciente ou inconscientemente) uma estratégia de uso e de apropriação do site azul chamado facebook. Uns publicam muito, outros publicam pouco. Uns narram obscenidades e detalhes sórdidos do dia a dia; já outros postam quase nada sobre a própria vida. Uns tiram o dia inteiro para ficar sentando o lenha no governo Dilma, outros simplesmente defendem perspectivas políticas contrárias. Uns detonam os BlackBlocks, outros são BlackBlocks. Uns são contra e repudiam as práticas dos rolezinhos, outros estão adorando e já estão se agendando para ir nos próximos. Uns usam a GAZETA como um verdadeiro show do eu, outros usam como muro de lamentações. Uns dão check-in no aeroporto e em lugares transados. Dar check-in na rodoviária, nem pensar! Uns bancam o pseudo-intelectualóide e escrevem bobagens o dia todo, outros escrevem coisas lúcidas e inteligentes (mesmo assim, sob o meu ponto de vista). E tudo isso regido por um negócio chamado algoritmo que sofre alterações cerca de duas vezes por dia. Quem está certo e quem está errado nesse palco chamado facebook? Quem usa bem e quem usa mal? São perguntas que, para mim, não nos cabe achar respostas. Penso que devemos simplesmente ficar conectados com outros usuários com quem temos interesses em comum e que, para nós, postam coisas legais. Se a postura de alguém incomoda você, é simples: pare de seguir aquela pessoa, aquela fanpage, etc. Certamente, o mundo será menos aborrecido. (MARCOS HILLER, São Paulo/SP).

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