Na manhã do dia 30 de abril, foi realizada na Câmara Municipal de Pará de Minas uma audiência pública para discutir com a população sobre a arrastada renovação de contrato entre a prefeitura e a Copasa. Infelizmente, a população não marcou expressiva presença. Houve quem reclamasse da data (véspera de feriado prolongado) e da hora (8H). Porém, representantes de órgãos públicas estiveram lá. Após cerca de duas horas de muito falatório e quase nenhuma solução, a reportagem GP ouviu as conflitantes idéias do prefeito, A.J, do presidente da câmara, Marcilio de Souza, e do vereador Antônio Vilaça. Veja, em resumo, o que cada um disse.
“Sabíamos que seria dessa forma com as perguntas sendo feitas por escrito. Até então, não era para gerar um debate, mas, sim, apresentar o Pano de Saneamento Básico. Teremos outras audiências com bastantes discussões, mais demoradas e apimentadas, e que provavelmente irá durar o dia todo. Nessa 1ª audiência, o prefeito explicou muito bem sobre as nossas visitas a outros Estados. Eu estive com ele em Curitiba/PR e pude ver como a cidade é avançada, na questão de água e esgoto. E é isso que o prefeito deseja: uma empresa que tenha compromisso com a cidade”, ameniza Marcílio.
LONGO - “Hoje, não era um debate, que só acontecerá depois. Muitos não leram o decreto, onde estava definido as regras dessa audiência pública. Toda a população foi convidada... a população reclama, mas não participa. Em qualquer horário que for realizada haverá um tipo de questionamento. Há 22 anos participo de audiências públicas e sempre questionam dias e horários, mostrando descontentamento. Nosso próximo passo é partir para uma negociação: se será a licitação ou renovação com a Copasa. Vivemos um momento em que o Brasil inteiro passa por essas dificuldades; não é apenas a Copasa. Sobre o prazo, ele tem de ser longo, porque nenhuma empresa fará um investimento alto, se for por um prazo curto”, defende o prefeito.
FALA VETADA - “Na verdade, os questionamentos não foram respondidos. Então, para mim, não houve uma audiência. Houve apenas falas e a proposta era discussão, mas não houve. Foi apenas cumprimento de lei. Ficamos decepcionados, porque estudamos o projeto e não nos foi permitido a fala. É um tema relevante e a divulgação foi pouca. Apareceram poucas pessoas (10), não houve discussão; ocorreu apenas um pronunciamento. Então, vou levantar uma discussão dentro da câmara sobre a tarifação e a maior preocupação é para onde vão os investimentos. Volto a afirmar que o Saae é realmente o melhor caminho e o município tem condições de assumir sim! A população tem que participar, pois estamos preocupados”, acusa o vereador Antônio Vilaça.