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ANO 41 - Nº 2051
20/12/2024


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FALA LEITOR - 22/05/2014

A MINISTRA FALOU... A Ministra Carmém Lúcia, do STF, soltou um bocado de boas verdades a respeito da reconhecida morosidade do sistema judiciário. Sem buscar justificativas corporativistas, a mineira apontou o dedo para outros culpados que não aqueles vestidos de toga. Parece haver uma conexão direta entre o excesso de folgas dos servidores (incluídos os magistrados, claro) e o atraso no julgamento de processos. Ora, se uma empresa emenda todos os feriados e, além disso, deixa de trabalhar meses em recesso mais as férias funcionais, obviamente há comprometimento da produtividade. Este é o elemento visível. Há, porém, outros igualmente nocivos à prestação jurídica, sobre os quais quase ninguém fala, mas eles foram apontados pela ministra. Vamos aos tais. Importante questionar o Legislativo, culpado pela existência dos inúmeros recursos que permitem a parte postergar a decisão final. Por que não se aponta o dedo para as escolas de Direito que fabricam advogados preparados para recorrer ao infinito? Por que não se questiona a O.A.B. sobre essa postura de seus membros, capazes de levar ao Supremo Tribunal Federal furto de galinhas e aventuras jurídicas sem chances de prosperar? Como se vê, a injustiça que é uma justiça demorada tem muito mais culpados do que os popularmente conhecidos... (BRUNO QUIRINO, Divinópolis/MG). OS FERIADOS NO PAÍS DA COPA Houve época que os jornais tinham uma seção, ou editoria de polícia, que tratava de crimes; e outra, separada, a várias páginas de distância, de Política, que tratava da luta pelo poder e da ação administrativa. Hoje, tudo se misturou: as editorias de Política e Polícia tratam basicamente de crimes e denúncias (na área de política, os danos ao patrimônio público são em geral bem maiores). Até a luta pelo poder virou uma disputa de dossiês para provar que o adversário é mais ladrão que o aliado. Chato demais, cansativo demais. Mas ainda há espaço para a alegria e o repousar d’alma. O governador baiano, Jaques Wagner, decretou feriado em todo o Estado sempre que a Seleção Brasileira jogar durante a Copa, não importa em que local. E será feriado em Salvador quando lá houver jogo de Copa de qualquer país, mesmo sem a participação do Brasil. Será feriado em toda a Bahia no dia 12 de junho, 5ª feira, pela estreia do Brasil, no estádio do Corinthians, em São Paulo/SP. E na 6ª, 13, em Salvador, por Espanha x Holanda. E na 2ª, 16, em Salvador, por Alemanha x Portugal; e em toda a Bahia, no dia 17, 3ª, jogo do Brasil. Na 4ª feira, enfim, trabalha-se; 5ª, dia 19, é feriado de Corpus Christi; 6ª feira, 20, França e Suíça jogam em Salvador. 2ª feira, 23, joga o Brasil. 3ª, 24, é feriado de São João. 4ª, 25, jogam Bósnia e Irã, em Salvador. 5ª, 6ª e 2ª, dias 26, 27 e 30, pausa para trabalhar. 3ª, 1º de julho, 8ªs de final em Salvador; 4ª, 2 de julho, feriado da Independência da Bahia. E o calendário de folgas das finais ainda não saiu. Voltemos ao país de sempre: para reduzir a repercussão da CPI da Petrobras, a bancada governista tenta criar outra CPI para investigar a formação de cartel no Metrô e trens metropolitanos de São Paulo - iniciado e mantido durante governos tucanos. E, ao mesmo tempo, retardar ao máximo a CPI da Petrobras. Daqui a pouco começa a Copa e espera-se que as denúncias percam a força. Uma CPI poderia levantar quais secretários e altos funcionários de Covas (e dos governos que o sucederam) tinham entre suas funções verificar a lisura das ações oficiais e o comportamento dos responsáveis pelos grandes contratos do Estado, e investigar como agiram. Uma coisa é certa: se Robson Marinho é culpado, não é culpado sozinho. Há pauladas sem parar no Conselho da Petrobras, por ter aprovado a compra da refinaria de Pasadena/E.U.A., sem se inteirar de todos os detalhes do processo. Mas isso é consequência de um velho hábito dos vários governos brasileiros: paga-se um salário baixo a ministros e altos funcionários (muito inferior ao que teriam na iniciativa privada) e se dá um complemento, nomeando-os para conselhos de estatais. Um bom exemplo é a então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff: em 2006/2007, ganhava R$ 8.362 de salário no Governo. E R$ 8.700 como conselheira da Petrobras e da BR, por uma reunião de 2 em 2 meses. A ministra Miriam Belchior estava, nessa época, no Conselho da BR. Itaipu paga R$ 19 mil aos conselheiros. O ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência, está no Conselho Fiscal do Sesc nacional. O jeton é de R$ 20 mil. Mas isso não é coisa de PT, apenas. O secretário geral do PPS, o pernambucano Roberto Freire, foi conselheiro da Sabesp, estatal paulista de água e esgotos, junto com o ex-senador tucano Antero Paes de Barros, do Mato Grosso. Uns R$ 12 mil mensais. Freire foi também conselheiro de duas empresas municipais paulistanas, Emurb e SPTuris. Deu para viver, enquanto estava sem mandato. (CARLOS BRICKMANN, São Paulo/SP). BEIJO GAY E NUDEZES NAS NOVELAS É sabido que, por onde quer que chegue sua influência, as novelas de televisão têm sido utilizadas como meio de dissolução dos costumes. Recentemente, houve em uma novela da Rede Globo, um beijo na boca entre 2 homens, fato muito enaltecido pela mídia conhecida, até há pouco tempo, como Imprensa Marrom. Entretanto, ao que parece, também a Imprensa Branca vai se amarronzando. A esse respeito, lemos no Painel do Leitor da Folha de São Paulo a seguinte carta enviada por Jatiacy Francisco da Silva, consultor de negócios, em Guarulhos/SP. “Após a exibição do 1º beijo entre homens nas telenovelas brasileiras, a Globo emitiu uma nota justificando a sequência como uma necessidade dramatúrgica que reflete o momento da sociedade. Foi uma falta de respeito para com as crianças e adolescentes que, com os pais, estavam em frente à tv naquela fatídica 6ª feira. Foi o 1º passo para a exibição de sexo explícito em uma próxima novela, alegando ser uma necessidade dramatúrgica que reflete um momento da sociedade”. Pouco depois, a novela Em Família tentou mostrar serviço com um menu pós beijo gay que incluía um nu dorsal de Oscar Magrini, uma sugestão de nudez de Bruna Marquezine e, entre um batizado católico e um casamento budista, um milagre. Porém, o 1º capítulo teve a audiência mais baixa de uma estreia de novela das 9 da Globo. Ou seja, apesar de perder público, a emissora insiste em demolir a moral... (GREGÓRIO VIVANCO LOPES, São Paulo/SP).

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