Pouco antes da delegação da Holanda chegar no hotel em que está hospedada no Rio de Janeiro, um holandês chamou a atenção ao chegar no local com uma camisa da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza) do Rio de Janeiro amarrada no pescoço. Há seis meses na cidade e com a proximidade da Copa do Mundo, ele viu o uniforme dos garis nas ruas e resolveu usá-lo na abertura do Mundial. Porém, tentou comprar e não conseguiu.
Como a camisa não vende, Jasper resolveu pedir para um amigo que limpa a portaria do prédio da empresa em que trabalha. Mesmo sem falar português, ele insistiu por duas semanas e chegou a oferecer dinheiro pela roupa, mas não teve sucesso. Logo no dia da estreia da Laranja na competição, o amigo gari chegou com um uniforme novo, ainda no plástico, e o presenteou. Após o fim do expediente, ele não largou a roupa nova. Assistiu ao jogo com ela e foi receber a seleção com a camisa laranja.
- Fiquei um tempo pedindo. É laranja, como a camisa da Holanda. Então resolvi usar, gostei dela. Deu sorte - conta.
Sobre a goleada por 5 a 1 sobre a Espanha na Arena Fonte Nova, em Salvador, Jaspen garante que foi a vingança da derrota na final do último Mundial, que para ele ainda estava entalada na garganta.
- Foi um tapa na cara deles, ainda não engolimos o segundo lugar na Copa do Mundo da África do Sul. O quarto gol foi um grande momento, o quinto nem se fala - comemorou, acompanhado do compatriota Timi, e da brasileira Juliana, que também torceu para a Holanda.