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Polícia prende mulher de auditor fiscal assassinado em Belo Horizonte - 22/07/2014

A Polícia Civil prendeu três pessoas suspeitas de participação na morte de um auditor fiscal da Prefeitura de Belo Horizonte. Entre os detidos, está a viúva da vítima. O crime aconteceu em fevereiro deste ano, no bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste da cidade, e teria como motivação “questões patrimoniais”. Os suspeitos foram apresentados, nesta segunda-feira (21), no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP). Segundo as apurações, a morte de Iorque Leonardo Barbosa Júnior teria sido encomendada pela mulher dele, Alessandra Lúcia Pereira Lima, e arquitetada pelo amante dela, um policial civil que ainda não foi preso. Segundo o delegado Rodrigo Bossi, da 6ª Delegacia Noroeste, as investigações tiveram como base registros de ligações, quebra de sigilo telefônico e também análise de imagens de câmeras.De acordo com a polícia, seis pessoas teriam participação no crime. Até o momento, foram presos, além da mulher do auditor fiscal, os irmãos Flávio e Otávio Matos. Segundo Bossi, um dos homens é dono de uma oficina mecânica na Região do Barreiro e o outro, que trabalha no local, é proprietário do carro usado no assassinato. Iorque Leonardo caminhava para o ponto de ônibus quando foi chamado por uma pessoa, que disparou sete tiros contra ele. Desde o início das investigações, suspeitava-se da participação da mulher no crime. Conforme Bossi, a intenção dela seria ficar com a herança após a morte do companheiro. Segundo o delegado, foi apurado junto à prefeitura, que ela recebia cerca de R$ 15 mil de pensão. Além disso, o auditor deveria receber cerca de R$ 135 mil de férias premium e, em caso de morte, o seguro deveria quitar um imóvel, no valor de R$ 400 mil, comprado pela vítima pouco tempo antes do crime. Bossi afirmou que, por meio de imagens de câmeras de segurança, foi possível verificar que os envolvidos no homicídio não fizeram “tocaia”, e teriam sido avisados que o auditor fiscal saía de casa por uma ligação que partiu de dentro do apartamento dele. “Eles chegaram ao local do crime cerca de 3 minutos antes de ele [Iorque Leonardo] passar”, afirmou. De acordo com o delegado, a mulher, que nega participação no caso, disse à polícia que, no dia do assassinato, acordou somente depois do crime. Entretanto, foram identificadas ligações e mensagens originárias do telefone dela desde as 6h do dia 18 de fevereiro. Ainda segundo Bossi, em um período de 59 dias, foram cerca de mil ligações e mensagens entre os números da mulher e o do policial civil, sendo dez delas no dia do assassinato, o que seria um indicativo de que eles mantinham um relacionamento. Além dos suspeitos detidos e do policial civil, ainda teriam participado do crime outras duas pessoas. Uma delas, que seria responsável pelos disparos, está sendo procurada. O sexto integrante do grupo ainda não foi identificado. De acordo com a Polícia Civil, a localização e prisão do policial está sob responsabilidade da corregeria da corporação. Segundo o delegado, os irmãos detidos também negaram participação no crime. As investigações seguem em curso, segundo informou Bossi.

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