UMA BRIGA MUITO DESIGUAL
Enquanto escrevo esta coluna, forças de Israel invadem a Faixa de Gaza por terra. Houve uma grande esperança de paz, no início dos anos 1990, mas todos os avanços foram perdidos com o assassinato do premiê Ytzhak Rabin, em 1995. Parece-me que o Hamas, grupo radical muçulmano, não deseja a paz. Ao contrário da maioria dos seguidores do Islã, fundamentalistas não admitem a convivência pacífica com pensamentos diferentes. Regularmente, o Hamas comprova seu descompromisso com o entendimento. Ocorre que a briga é muito desigual. Não tem santo em Israel. Os palestinos foram acuados, tiveram suas casas destruídas; enfim, foram massacrados por muitos anos. Sob o ponto de vista bélico, há uma desproporcionalidade absurda. Israel é um dos países mais bem armados do mundo. Já os foguetes do Hamas são praticamente umas bombinhas de São João. A incompatibilidade de forças é demonstrada nas baixas: no momento em que preparo este texto, são 230 palestinos mortos contra apenas 1 israelense. A entrada das tropas por terra piorará a situação. Esperanças não enxergo. O Hamas lança seus foguetinhos de baixa capacidade; Israel responde com mísseis potentes. O Hamas utiliza seus cadáveres para propaganda que permite a roda do Fundamentalismo girar. Israel ignora qualquer cuidado e não se importa em massacrar civis. (BRUNO QUIRINO, Divinópolis, MG).
SAINDO DA ZONA DE CONFORTO
Um dos grandes objetivos de se estar neste planeta é se destacar e a única forma de conseguir isso é tentar fazer coisas novas. Seja na sua vida ou nos seus negócios, você acabará se defrontando com uma situação ou um desafio que, para ser concluído, exigirá que se aventure para fora de sua zona de conforto. Neste momento, você migra da zona de conforto para a zona de aprendizado e não permite que os problemas que se encontravam fora de controle afetem seus sonhos e desejos. O maior objetivo de se estar neste planeta é se destacar e a única forma de se destacar é tentar fazer coisas novas, se aperfeiçoar todos os dias. Se você fizer somente as mesmas coisas todos os dias sem tentar novas experiências, sem permitir-se ser desafiado, pode ser, de fato, que viva com alguma satisfação... Mas não seria ótimo chegar ao fim dos seus dias sem arrependimentos? Sem pensar: E se eu tivesse...? Pense nisso. (GILCLÉR REGINA, Belo Horizonte/MG).
INTERESSES PARTIDÁRIOS? NÃO DÁ MAIS !
O sonho do hexa ficou para trás e está adiado pelo menos até 2018. O que se diz agora é que o futebol brasileiro precisa passar por mudanças profundas para reconquistar o espaço que lhe pertence. O que esse memorável rosário de grandes conquistas nos diz é que, de fato, temos um dos melhores futebóis do mundo, muitos dos principais craques globais e, portanto, a chance de sempre obter bons resultados. O que a humilhante derrota para a Alemanha nos diz é que a opção pela arrogância, a prepotência, o corporativismo, o sectarismo e o personalismo são o caminho mais curto para a incompetência e o fracasso. Somos ainda um país relativamente jovem, temos recursos naturais fartos e estratégicos, temos um povo trabalhador e competente, temos um setor produtivo moderno e apto a disputar e conquistar mercados. Temos, portanto, todas as condições para assumir posição de relevo no cenário mundial. O que nos falta, então? Líderes políticos comprometidos com o país e com o seu povo e que repudiem claramente o fisiologismo, o corporativismo, o sectarismo. Assim como não é mais possível admitir uma seleção de futebol que não tenha o melhor técnico, moderno e atualizado, os melhores jogadores, a melhor estratégia de jogo e a vontade de vencer, também precisamos de políticos que antes de enxergar os seus próprios interesses partidários sejam capazes de ver e priorizar o país. Não dá mais para conviver com governantes que façam da gestão pública um latifúndio a ser concedido, via ministérios e demais cargos públicos a aliados que se disponham a ceder seu tempo em programas eleitorais e a funcionar como vaquinhas de presépio nas votações da Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas assembleias legislativas e nas câmaras municipais. Não dá mais para conviver com parlamentares que, ignorando os interesses do país e das regiões que representam, apóiam sem questionar as medidas provisórias editadas aos borbotões nos gabinetes do poder central, por mais estapafúrdias que sejam. Não dá mais para eleger e conviver com líderes políticos que deixam de fazer as obras indispensáveis e, quando fazem, desmoronam como folhas ao vento, colocando em risco a vida das pessoas. Não dá mais para conviver com um ambiente político no qual, não mais que de repente, somos surpreendidos com a renúncia de ministros dos principais tribunais do país, sem maiores explicações. O dia 5 de outubro (eleições) está chegando e se não aproveitarmos a oportunidade de votar bem, escolhendo os melhores candidatos, assim como no futebol, teremos que esperar por 2018. A hora é agora! Não dá mais para esperar! (OLAVO MACHADO JÚNIOR, Belo Horizonte/MG).