Pela 1ª vez na cidade, a Associação Cidadãos Posithivos Sempre Viva (ACP Sempre Viva), de Belo Horizonte, realizará durante um ano o Projeto Município Posithivo que irá empreender e apoiar ações para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Com profissionais pará-minenses envolvidos como a psicóloga Marina Saraiva de Almeida, a enfermeira Maria Flávia Nunes Pereira e a professora e atriz Romana de Oliveira Campos Varela, o projeto desenvolverá palestras, oficinas e campanhas em vários pontos da cidade. Devido à sua importância no oeste mineiro, Pará de Minas será a 1ª cidade a receber o Posithivo que poderá ser seguido por outras cidades. A reportagem GP conversou com a coordenadora do projeto, Carina Araújo Souza. Confira.
“Nosso objetivo é trabalhar a parte de prevenção da D.S.Ts. - Doenças Sexualmente Transmissíveis, em toda a comunidade, desde a população carcerária até os adolescentes e a 3ª idade. Como todas as cidades, notamos que Pará de Minas apresenta problemas, mas observando os dados epidemiológicos, vimos uma notificação grande de casos de HIV. Esse é um projeto piloto e será apresentado pela 1ª vez em Pará de Minas. Pretendemos que, a partir dessa experiência, ele possa se multiplicar e outras cidades também possam aderir à ideia”, alerta a coordenadora.
OFICINAS DO SEXO? - “Iniciaremos as atividades no fim de agosto nas escolas. Depois, faremos o treinamento de agentes e profissionais de saúde, atendimento às profissionais do sexo, à população da 3ª idade e moradores da zona rural, para que eles também possam se prevenir das DSTs. No fim das palestras chamadas Oficinas do Sexo, faremos um debate e contaremos com uma professora de teatro para o assunto tornar ainda mais leve e agradável”.
PORTADOR DE HIV - “Para verificar a possibilidade de ser um portador do vírus HIV, a pessoa deve ter passado por um momento de risco, como, por exemplo, ter praticado sexo sem camisinha. Já com o risco da contaminação, indicamos que a pessoa procure um posto de saúde em busca de exames e informações. Vale salientar que devemos tomar cuidado, pois existe discriminação e a pessoa se sente receosa em falar que tem a doença”.
A GAZETA ESCLARECE - Devido à dificuldade de algumas escolas em receber o assunto e também por não terem locais apropriados para realizar o atendimento das pessoas contempladas pelo projeto (profissionais do sexo), os lugares de atendimentos ainda não foram definidos. É importante ressaltar também que, mesmo com a distribuição gratuita de preservativos nos postos de saúde, existe ainda em Pará de Minas uma resistência muito grande das pessoas em usarem a camisinha, mesmo tendo consciência dos riscos de doenças e gravidez.