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14/11/2024


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Falta d’água vira triste inspiração - 03/10/2014

A 31ª edição do tradicional concurso Selo GP, realizado por esta GAZETA, recebeu ilustrações de artistas que apresentaram diferentes pontos turísticos da cidade ou personalidades pará-minenses, conforme exige o regulamento. Durante a triagem, na votação realizada pela própria Equipe GP, etapa que antecede a votação externa, uma ilustração chamou atenção, não só pela arte, mas por refletir o principal problema enfrentado, neste momento, por todos os pará-minenses: a pavorosa falta d’água. Mesmo ele não tendo ficado entre os 5 finalistas, por ser uma situação que, espera-se não durar 12 meses (tempo em que o selo estampará a 1ª página do jornal), não resta dúvida que foi uma ideia muito criativa. Diante disso, a reportagem GP conversou com o tatuador Alex Fábio Marinho Costa, 36, que contou sobre o que passou sobre a sua cabeça, na hora da criação. Veja. “Conheço o concurso há algum tempo, já ganhei 4 vezes, e sempre que tenho tempo, me inscrevo. Acompanhei o regulamento e tive a ideia de trabalhar com o tema falta d´água, acontecimento da vez. Aí, usei a falta d’água junto com o Cristo, justamente pela posição das mãos dele, que é bem sugestiva; mostra que Ele espera algo com aquela sua mão aberta. Esta arte é uma forma de protesto que visa sensibilizar a população e os pará-minenses que estão passando por um momento tão difícil com essa falta d’água... Não fiz a ilustração pensando só na estética do selo. Queria mexer também com as pessoas para todos pensarem melhor sobre isso... À princípio, a ideia foi concorrer ao concurso, mas futuramente posso reutilizá-la”, explica o engajado Alex. E A FALTA D´ÁGUA? “É um despreparo dos nossos governantes, uma falta de planejamento, que vem há um bom tempo, pois não é de hoje que a cidade sofre com essa falta d’água. É também uma falta de visão política em nível nacional, porque não é somente em Pará de Minas que está faltando água. Com o passar do tempo, isso tenderá a piorar”. PRÓXIMO CONCURSO “Para 2015, espero criar algo que não esteja no contexto da falta d’água. Sugiro também que o regulamento seja mais amplo e garanta mais possibilidades ao artista que poderá criar com mais liberdade. Assim, nós poderíamos mostrar um trabalho mais diversificado e que não foque apenas em personagens e pontos turísticos”.

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