Dificuldades toda mãe passa, mas algumas mães não conseguem superar os desafios de criar seu filho e acabam desistindo. Às vezes, antes até mesmo de conhecê-lo, deixando-o a Deus dará. Mas o que leva uma mãe a agir tão friamente assim? Para saber o que os pará-minenses pensam sobre o assunto, a GAZETA conversou com 6 transeuntes no Centro da cidade. Veja o que eles disseram.
Dificuldades toda mãe passa, mas algumas mães não conseguem superar os desafios de criar seu filho e acabam desistindo. Às vezes, antes até mesmo de conhecê-lo, deixando-o a Deus dará. Mas o que leva uma mãe a agir tão friamente assim? Para saber o que os pará-minenses pensam sobre o assunto, a GAZETA conversou com 6 transeuntes no Centro da cidade. Veja o que eles disseram.
1. “Olha, acho que existem vários motivos e um deles pode ser por não ter condições financeiras de criar a criança; e também por não querer que a criança viva na mesma condição que a mãe viveu”... Deborah Évelin Santos Faria, 23, repositora, bairro Belvedere; 2. “Por as mães não terem capacidade de mantê-los, elas acham melhor abandoná-los, na esperança da criança ser encontrada por pessoas com melhores condições financeiras e poderem ser bem cuidadas”... Diego dos Santos, 26, operador de máquinas, São Cristovão; 3. “Geralmente, são mães com algum vício e, quando nasce a criança, elas não têm uma renda estável para criar o bebê e acabam abandonando o filho em portas de casas ou até mesmo oferecendo a criança para outra família. Mas existe o lado ruim, quando essas mães matam ou abandonam a criança em lixeiras... Isso é uma coisa que eu não apoio nem um pouco, porque existem várias formas de si prevenir e essa criança não tem culpa de nada”! Ariadne Ferreira Gonçalves, 17, babá, Esplanada; 4. “Acho sem noção esse ato, mas temos que ouvir as razões da mãe, porque deve haver algum motivo para cometer um ato assim. Afinal, nenhuma mãe abandona o filho sem motivo”. Helvécio Pacifico Neri Bispo, 38, auxiliar operacional, Vila Ferreira; 5. “Existem vários fatores, mas prefiro pensar que às vezes pode ser pelo desespero de não poder criar a criança ou até mesmo estar passando por uma depressão”. Alzira Paula dos Anjos, 26, operadora de urdideira, Residencial Parque das Seringueiras; 6. “Acredito que é uma total falta de amor ao próximo, acompanhada de várias situações desfavoráveis: vida desestruturada; falta de coragem de enfrentar os problemas; falta de responsabilidade; e falta de fé. Um filho não é um objeto que doamos ou jogamos fora. Filho é um pedaço da gente que representa amor, entrega, doação e vida! Uma mulher que abandona o próprio filho é uma mulher que, por várias situações, não consegue vivenciar o amor. Não gosto de julgar, porém acredito que uma mulher que abandona o próprio filho está abandonando também a sua própria vida. Não existe motivo que justifique o abandono de um filho. Não existe desespero que justifique essa ação. Existe, sim, falta de amor e falta de vontade de lutar”. Ana Carolina Santiago Vale, 33, professora, Santo Antônio.