“Tenho 51 anos e trabalho como faxineira em uma empresa no centro da cidade. Numa 4ª feira dessas, entrei no ônibus coletivo que tenho sempre costume de pegar, linha Santa Edwirges/Matinha, que saiu da praça do santuário, às 10H15, em direção ao Santa Edwirges. Quando entrei no coletivo, já percebi que tinha um homem, de 25 a 30 anos, sentado perto do trocador e que ele estava sem camisa. Achei muito estranho, porque sei que ninguém pode entrar em coletivo sem camisa. Sentei-me, então, na parte do meio do ônibus, próximo ao local reservado para cadeirantes. O homem sem camisa saiu de onde estava e foi para perto de mim. Nesse momento, fiquei assustada, levantei e sentei próximo ao trocador e disse a ele que estava com medo. O homem sem camisa saiu de onde estava e sentou-se em uma cadeira da fileira do lado de onde eu estava, com as pernas no corredor, virado para mim. Nisso, ele avançou sobre mim com os braços esticados e passou a mão na minha barriga e no meu corpo. Dei um grito e o trocador me perguntou o que estava acontecendo. Disse que o homem havia me atacado e que foi na frente do trocador e que ele não viu ou não quis ver. Aí, o trocador só disse ao motorista que o homem estava mexendo comigo, “com a dona”. E seguiram a viagem sem tomar a menor providência. Aí, eu disse para o homem sem camisa que eu era uma mulher casada e ele alegou que não sabia que eu era casada, porque eu não estava de aliança. Depois, ele desceu normalmente, como se nada tivesse acontecido. Gostaria que a Turi tomasse mais medidas para se prevenir contra esse tipo de coisa. Como o trocador e o motorista deixam um homem sem camisa entrar no ônibus? E depois que ele me atacou, por que eles não fizeram nada? Quero que a Turi tome uma providência com relação à segurança dos usuários e também com relação ao trocador e motorista da linha que não fizeram nada”.
NOTA DA REDAÇÃO: Contatada, a Turi, através do seu gerente, Antônio Cecílio, disse, depois de ser colocado a par dessa queixa, o que se segue.
“Assim que recebi, através da reportagem G.P., essa reclamação conversei com o motorista e o trocador e ambos disseram que o homem citado pela senhora havia entrado no ônibus usando camisa, retirando-a, depois. O trocador, que deveria ter pedido ao homem para que vestisse a camisa novamente, disse que, por ser novato, não sabia que não podia ficar sem camisa dentro do ônibus. Com relação à reclamação do ataque dele, trocador e motorista disseram que não viram e não temos como provar que tal ataque realmente aconteceu. Porém, diante dos fatos apresentados, trocador e motoristas receberam uma advertência verbal, visto que nenhum deles nunca havia recebido nenhum tipo de advertência”.