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Por pouco, professora escapa de golpe - 05/12/2014

Assustados e atentos à onda de assaltos e sequestros que rondam a cidade, leitores G.P. entram em contato com a GAZETA, com muita frequência, para relatar sobre as tristes experiências que têm vivido. Dessa vez, a professora Maura Eliana Pimenta Flores foi vítima do golpe do falso sequestro. Confira, com exclusividade, o que aconteceu com ela. “No sábado, 29, por volta das 9H30, eu estava em casa, quando recebi um telefonema. Era uma ligação confidencial (sem aparecer o número na bina) e a cobrar. Atendi, pensando ser minha sobrinha que sempre me liga a cobrar. Mas, quando atendi, tomei um susto. Era a voz da minha filha, Rafaella, 30, em prantos, dizendo que havia sido sequestrada e que se eu não fizesse o que os bandidos estavam mandando, porque, senão, eles iriam matá-la. Nesse momento, revivi o mesmo sentimento de dor, quando perdi minha mãe”, confessa Maura. 50 MIL – “Nisso, o bandido começou a falar com sotaque de carioca no telefone. Disse que era para eu ir até a uma casa lotérica da cidade para encontrá-lo e ele me passaria o número da conta para eu depositar R$ 50.000,00. Disse ainda que não era para eu ligar para a polícia, nem para ninguém, senão eu iria escutar o barulho do tiro na cabeça da minha filha e que eu iria ver muito sangue. Fiquei totalmente em prantos. Afinal, achei que era realmente a voz da minha filha. Ele pediu, ainda, que para quando eu chegasse na lotérica para chamá-lo de Meu Filho. Chegando lá, recebi a salvação. Minha filha Rafaella me ligou no celular dizendo que estava na casa do namorado e que eles iriam para Belo Horizonte. Na hora, não acreditei, mas contei tudo o que estava acontecendo e pedi que ela viesse para casa. Enquanto ela vinha para cá, o bandido ligou novamente e eu o segurei no telefone. Quando minha filha e o namorado chegaram, dei graças a Deus e passei o telefone para o namorado dela. Ele começou a xingar o bandido de vários nomes feios até que eles desligaram o telefone e não ligaram mais”. 50 MINUTOS DE TERROR – “Mesmo sabendo da existência desse golpe (seqüestro falso), na hora eles falam e gritam tantas coisas na cabeça da gente que é como se passássemos por uma lavagem cerebral. Não conseguia pensar direito. A única coisa que queria era salvar a minha filha. No domingo, 30, adicionei o juiz Ricardo Sávio no facebook e perguntei a ele como deveria agir nesse caso, mas ele ainda não me respondeu... Todo mundo pode cair nesse golpe... Foram quase 50 minutos de terror. Estou abalada, com medo e insegura. Estou até indo procurar minha psicoterapeuta. Está difícil esquecer tudo aquilo... Escuto a voz dos bandidos na minha cabeça, o tempo todo. Agora, estou com medo até de atender o telefone e de deixar a Rafaella sair sozinha”. ALGO MAIS? – “Gostaria de alertar as pessoas sobre esses bandidos sem mãe que estão acabando com a paz da gente. Peço a Deus que isso não aconteça com ninguém, mas se acontecer o mais importante é manter a calma e tentar ligar para a pessoa que eles alegam ter sequestrado. Por sorte, minha filha me ligou. Na hora, eu nem pensava em ligar para ela”.

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