A cultura da yoga está, cada vez mais, presente na vida e no dia a dia dos brasileiros que, cada vez mais, buscam o equilíbrio entre o corpo e a alma. Hoje, são milhares de adeptos dessa cultura milenar espalhados por diversas partes do país. Recentemente, esteve passando férias em Pará de Minas o mestre em yoga Pedro de Melo Franco, 36 anos, que há 18 pratica a yoga e há 10, ministra aulas de yoga por todo o país. Nascido em Belo Horizonte/MG, ele é filho do pará-minense Osvaldo de Melo Franco. Pedro recebeu a reportagem GP na casa de seu pai, em Pará de Minas, quando falou um pouco sobre a yoga em sua vida. Vale a pena conferir os melhores momentos da entrevista.
ARTES MARCIAIS E VIOLÊNCIA “Eu era lutador profissional e professor de artes marciais; praticava Muay-Thai, Tae-Kwon-Do (faixa-preta) e Jui-Jitsu. Comecei a prática do yoga para aprimorar a luta, aprimorar o meu poder de concentração e trabalhar a flexibilidade. Entrei nessa filosofia e gradualmente fui deixando a luta e abraçando o yoga até o ponto que parei de lutar e estou apenas com o yoga e o pilates que é um complemento que trabalha o aspecto de prevenção e preparação para uma pratica segura do yoga. Hoje, vejo que se tem toda uma ligação entre as artes marciais e o yoga. Tanto o yoga como as artes marciais começam pela observância da natureza; surgem do homem observando os animais, o movimento da natureza, a interação dos elementos da natureza. Nesse sentido tem tudo a ver, mas se diferem na forma de aplicar. O yoga, por exemplo, é uma filosofia infinita com várias possibilidades de prática, desde o âmbito físico, religioso, de meditação, de concentração e há várias formas de se praticar, assim como as artes marciais. O objetivo do yoga é a integração e realização do ser, sendo que o das artes marciais também poderia ser esse, mas ele se desvirtuou um pouco com o aspecto competitivo levando as artes marciais para o âmbito de violência”.
YOGA E O EU INTERIOR – “Comecei a trabalhar com o yoga, quando percebi o que eu estava fazendo com as artes marciais. Parei para pensar qual era o meu propósito com aquilo e, para falar a verdade, essa indagação já estava na minha vida há muito tempo. O yoga foi apenas a chave para eu perceber que o meu caminho era outro e que o meu maior adversário era eu mesmo e que eu não precisava machucar ninguém. Ou seja, minha luta tem de ser comigo mesmo”.
ESTADOS UNIDOS – “Comecei meus trabalhos de professor no Rio de Janeiro/RJ e hoje trabalho na Califórnia/EUA. Tenho um estúdio em sociedade com um amigo com aulas de yoga e pilates, onde desenvolvo o mesmo trabalho que desenvolvia no Brasil, com aulas regulares, treinamentos e retiros. Há 5 anos que trabalho fora do Brasil e, antes de residir no Estado Unidos, passei pela Europa, Nepal, Índia e depois fui me instalando nos Estados Unidos, onde recebi o convite para abrir e dar aulas no estúdio”.
4 MESES NO BRASIL – “Tenho cerca de 10 mil alunos aqui no Brasil. Não é muito se comparado com alguns mestres que tem 1 milhão de alunos, mas como comecei aqui e, em consideração