Que a religião católica, por seus princípios, não incentiva nem aceita a pedofilia é óbvio. Não há um versículo bíblico sugerindo a prática. A forma da Igreja é que favorece o crime. Nos últimos anos, as denúncias de abusos de padres contra crianças estão aumentando no mundo inteiro. Datam de décadas atrás até o presente. A mim parece óbvio que tentar frear a natureza não passa duma tarefa impossível. O celibato nada mais é do que a vã tentativa de impedir o ser humano de se manifestar como tal. Jogar os padres no calabouço da abstinência é incentivá-los a buscar alívio da maneira que der. Ou seja, na clandestinidade. Pior ainda do que manter um dogma sem sentido é esconder a verdade. Está claro que a Igreja faz enorme esforço para ocultar suas barbaridades. Somente após reveladas é que se ouve a voz de desculpas. O mais complicado dessas histórias é que elas costumam surgir apenas muitos anos depois dos fatos, quando a vítima já está adulta e o mal irreparável; além da punibilidade ser quase impossível, pois o crime estará prescrito ou o autor morto. Adianta pedir perdão 70 x 7 se não é tomada sequer uma atitude para impedir a repetição dos fatos? (BRUNO QUIRINO – Divinópolis/MG).