O salão do Sindicato Rural Patronal
foi palco, no último dia 13, da 1ª
Conferência Municipal de Saúde
Mental, quando profissionais da saúde,
usuários e interessados pelo assunto
discutiram ações que irão contribuir
com a reinserção dessas pessoas, até
então vítimas de preconceito e da
discriminação pela sociedade atual.
Essas conferências vêm sendo realizadas
em várias partes do país e surgiram com
a Reforma Psiquiátrica, quando foram
extintos vários manicômios e mudanças
de visão começaram a ser realizadas em
relação ao tratamento da doença mental.
Neide Almeida, secretária executiva do
Conselho Municipal de Saúde, disse que
esta é uma conferência muito importante
para os usuários da saúde mental no
município, onde são verificadas todas
as políticas de combate ao sofrimento
mental. Na opinião do psicólogo e
também membro do Conselho Estadual
de Saúde, João Carlos Vale, a reforma
tem como principal objetivo tratar o
portador de sofrimento mental sem
retirá-lo da sociedade, já que antes
ele era completamente discriminado e
retido em manicômios.
Já Elvira Almeida, psicóloga e
conselheira estadual de saúde mental,
disse que a reforma psiquiátrica passa
por um momento muito importante.
“Esta reforma vem desde os anos 70
e desde o ano de 2002, quando foi
realizada a 1ª Conferência de Saúde
Mental no Brasil, muita coisa mudou. É
muito importante a vontade política em
torno deste assunto para que as pessoas
que sofrem deste transtorno sejam de
fato reinseridas na sociedade”, diz ela.
Nessa audiência também foram
escolhidos os representantes da cidade na
Conferência Estadual que irá acontecer
no mês de maio em Belo Horizonte/MG.
Eles apresentarão para o Estado todas
as reivindicações e soluções discutidas
nessa conferência patafufa.