BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
* VOCÊ ENCONTRA A GAZETA NAS SEGUINTES PADARIAS: BARIRI (São José), CAFÉ COM LEITE (São Luiz) e FRANÇA (rua Direita); * MERCEARIA DONA BENTA (São José) * NAS BANCAS: FELIPE (em frente à EE Governador Valadares); FRANCISCO (em frente ao Santander); LEONARDO (praça das “bolas”) * E POSTO STOP SHOP (avenida Ovídio de Abreu).
Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1981:
ONDE ALOJA-SE A ÚLTIMA INSTÂNCIA DO EMOCIONAL?
Os familiares entraram em pânico, quando a notícia bomba chegou naquele, até então, alegre domingo. A viúva passou mal, repentinamente, e teve de ser internada. Do hospital da cidade do interior, onde ela e os dois filhos residiam, veio o comando de que ela deveria ser transferida para a capital, urgentemente. Um dos filhos, o caçula, foi junto, dentro da iluminada ambulância, observando o respirar da mãe, cada vez mais ofegante. A enfermeira, do outro lado da maca, deu um olhar significativo para a jovem, como se pedisse consentimento, para colocar a máscara de oxigênio no rosto da mãe. O ar que ela tanto tentava buscar e não encontrava, finalmente, refrescou com uma brisa o seu pulmão. Apesar disso, aqueles quarenta e poucos quilômetros pareceram muito mais, porque a equipe médica não chegou a um consenso sobre o diagnóstico. Quando a ambulância chegou no gigantesco hospital da capital, uma equipe de funcionários já os esperavam, do lado de fora. Num piscar de olhos, saíram com a paciente em disparada, pelos frios corredores do hospital. A acamada, com o olhar mórbido e firme no teto, só via as compridas lâmpadas de led passarem sobre ela. A filha, aflita, corria atrás, levando nas mãos a pequena mala com alguns pertences das duas. Daí a pouco, chegaram a uma enorme porta branca, com a arrepiante placa luminosa de apenas três letras: CTI. A filha foi barrada por um daqueles funcionários, dizendo:
-Daqui pra frente, só ela, ok?
Ela ficou ali sozinha, sem saber o que fazer, a não ser chorar e chorou. Não demorou muito, uma enfermeira aproximou-se dela e disse:
-Você precisa voltar lá na portaria, para preencher os papéis, conversar com o médico e ir para o apartamento descansar um pouco. Daí a pouco, em silêncio e ainda chorando, ela preencheu aquela papelada toda. Na sala do médico, perguntou:
- Doutor, ela foi para o CTI... é tão grave assim?
O médico respondeu que era apenas por precaução, porque eles não haviam enviado do interior um diagnóstico exato. Poderia ser alguma coisa no pâncreas, no fígado ou nos rins. Ou nos três e que, por isso, precisavam ter muita cautela na medicação.
A moça olhou para o médico e disse:
- Certa vez, eu fiz um tratamento homeopático e ele me disse uma coisa que eu jamais vou esquecer: que a gente precisa cuidar muito bem dos sete buracos do nosso rosto - as duas narinas, os dois ouvidos, os dois olhos e a boca. Segundo ele, qualquer sinal de adoecimento em qualquer um deles tem de ser muito bem tratado e curado, porque são as áreas onde residem o nosso emocional. Disse também que, se a gente não os curar, logo no início, que eles passarão para os rins, última e perigosíssima instância do nosso emocional...
E você, acredita mais na medicina homeopática do que na, alopática?
UMA BOA LEITURA!
O editor GP escreve mais uma crônica: “EXISTIRMOS... A QUE SERÁ QUE SE DESTINA? ”