Através de uma parceria natural, firmada entre moradores e autoridades locais, a cidade está ganhando mais uma área de preservação permanente. O local ainda não tem um nome oficial, mas a população já a chama de Bariri 2. Isso, porque o local fica no finalzinho da avenida Argentina, em sequência do Parque do Bariri, no bairro São José. São 13 hectares de área preservada com muitas árvores e nascentes. Para falar um pouco sobre o projeto, a reportagem GP esteve no local, quando conversou com o gerente da Ama Pangeia, José Hermano Franco, Garra Profissional 2009, no Meio Ambiente.
APP E QUEIMADAS – “Começamos a cuidar dessa área por causa das nascentes, uma vez que todo o seu entorno tem nascentes e tudo é APP - Área de Preservação Permanente. Tudo começou quando em dezembro de 2009, o nosso ex-presidente, André Rufino, falou dessa área. Aí, estivemos aqui e estava tudo tomado de taboas (planta aquática típica de brejos, manguezais e várzeas). Diante disso, ao retirarmos as taboas, achamos um laguinho e, a partir daí, começamos a preservar o local. Infelizmente, já havíamos plantado mais de 600 mudas que foram totalmente queimadas. Agora, vamos recuperar a área novamente”.
A FORÇA DA UNIÃO – “A Ama Pangeia está ajudando na preservação, mas não queremos fazer tudo sozinho. E agora temos a parceria de vários setores da cidade que ajudam com seus serviços como a Copasa, Promotoria do Meio Ambiente, prefeitura e toda a comunidade ao redor da área. A prefeitura abriu mais a lagoa, a Copasa arrumou o esgoto, o IEF doou mudas e estamos tendo muito apoio de toda a sociedade. Não é só a Ama, porque todos são co-responsáveis. Não queremos fazer tudo sozinho. Queremos que todos façam alguma coisa e vamos ajudar para todo mundo participar. Alguns moradores estão se reunindo para montar uma pequena associação para cuidar do local. Um dos moradores aqui próximo, o Mirinho, por exemplo, está molhando todos os dias todas as mudas plantadas. E assim, cada um tem feito a sua parte, próximo de sua casa. Já têm muitas árvores plantadas que vão acabar virando uma mata. Vamos gramar e, aos poucos, vamos formando o local. Como trata-se de APP, a área não será totalmente aberta para o uso da população, mas as pessoas vão acabar usando. Neste momento, ela está cercada para evitar a entrada de carros, mas vai ficar de fácil acesso para a população. Aqui será mais uma área da cidade para contemplação e descanso das pessoas.”
* Imagens desta entrevista acesse: www.gazetaparaminense.com.br