Desde ontem, 3ª feira, 14, até 21, 3ª feira, estamos na Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, instituída pela Lei nº 11.930, de 22 de abril de 2009. Também conhecida como Lei Pietro, esta lei tem como objetivo promover o esclarecimento e a conscientização sobre a doação e o transplante de medula. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 1993, o Redome - Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, coordenado pelo Inca - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva desde 1998. Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no Redome um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação. Para que se realize o transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. Com base nas leis da genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%, enquanto que, entre indivíduos não aparentados, é, em média, de um em cem mil.
COMO SE TORNAR UM DOADOR - Para se tornar um doador de medula óssea é necessário: * Ter entre 18 e 35 anos de idade; * Estar em bom estado geral de saúde; * Não ter doença infecciosa ou incapacitante; * Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; * Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso; * Além dos pré-requisitos acima, é necessário procurar o hemocentro do seu estado e agendar uma consulta de esclarecimento ou palestra sobre doação de medula óssea. O voluntário à doação irá assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), e preencher uma ficha com informações pessoais. Após, será retirada uma pequena quantidade de sangue (10ml) do candidato a doador, que será analisado por exame de histocompatibilidade (HLA). Este teste identifica as características genéticas que vão ser cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade. Tanto os seus dados pessoais, quanto o tipo de HLA serão incluídos no Redome. Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o voluntário será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados. Para seguir com o processo de doação serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade e uma avaliação clínica de saúde. Somente após todas estas etapas concluídas o doador poderá ser considerado apto e realizar a doação.