Familiares de pessoas sepultadas no Cemitério Santo Antônio de Pará de Minas voltaram a se queixar de furtos no local. O novo alvo dos ladrões tem sido os crucifixos das urnas que, aos poucos, têm desaparecido. Os furtos acontecem durante a madrugada, dificultando a identificação dos ladrões. O cemitério não tem sistema eletrônico de segurança e nem rondantes. Agentes da Guarda Municipal fazem inspeções na área, mas como têm a responsabilidade de monitorar outros bairros, eles não podem permanecer no local, o tempo todo. Para dificultar a ação dos bandidos, a administração do cemitério proibiu a entrada de veículos, a exceção daqueles que são utilizados pelos prestadores de serviço. Atualmente, o acesso ao cemitério local se dá somente pelos portões de pedestres, sendo que o mais movimentado é o que fica em frente ao velório municipal. Na avaliação do setor responsável pelo espaço, caso o acesso de veículos motorizados continuasse livre, facilitaria os furtos, porque os crucifixos são peças de pequeno porte que, facilmente, podem ser levados. De modo geral, esse tipo de furto nunca deixou de acontecer, mas agora eles têm sido em maior número, desde outubro do ano passado, quando foi presa uma quadrilha especializada em furtos nos cemitérios. Eles foram presos em Oliveira/MG e acabaram confessando que agiam por toda a região, principalmente em Divinópolis/MG, Itaúna/MG e Pará de Minas. Como eles continuam presos, tudo indica que os furtos de crucifixos no cemitério local estejam sendo cometidos por outras pessoas, possivelmente por ladrões que querem fazer dinheiro rápido, para bancar o vício em drogas. E a movimentação da bandidagem não se resume a Pará de Minas. Foi apurado em municípios vizinhos e até mesmo em cidades distantes que a onda de furtos em cemitérios não cessa. De vasos a crucifixos e santos, eles levam de tudo. Até os nomes das pessoas enterradas foram furtados em vários túmulos. As marcas dos crimes ficam evidentes e por mais que as ocorrências policiais sejam registradas, as investigações não levam a muitos ladrões. Enquanto isso eles vão selecionando as peças que mais interessam, no caso as, de bronze, que têm melhor valor de mercado.