O Museu Histórico, Documental, Fotográfico e do Som de Pará de Minas tem como missão promover a valorização e a preservação do patrimônio cultural e memória histórica da cidade, constituindo-se em um núcleo referencial e dinâmico de fomento cultural, promoções, pesquisas e disseminação de conhecimentos. Hoje, 6ª feira, 10, o Muspam está completando 28 anos. Para saber um pouco mais sobre essa importante instituição, a reportagem GP conversou com sua diretora, Ana Maria Campos, que há 24 anos trabalha na instituição. Confira.
JOSÉ PORFÍRIO E POVO - “Em 1981, para criar o museu, a prefeitura comprou esta casa que é a 1ª, do município e residência de Manuel Baptista, o Patafufo, um dos fundadores de Pará de Minas. A casa foi adquirida pelo prefeito José Porfírio de Oliveira que era um dos herdeiros da família Castelo Branco. Logo após, aconteceu uma grande chuva na cidade que muita gente desabrigada. Aí, o prefeito trouxe essas pessoas para dentro da casa, fechou os fundos do prédio, que era uma coberta, e alojou todo mundo”.
AJ E AVANY - “Quando mudou o prefeito, já se começou a pensar na preservação da memória da cidade. Aí, o museu foi implantado em 10 de fevereiro de 1984, através de um esforço da administração Antônio Júlio e Aspac - Associação Pará-minense de Arte e Cultura, formada por pessoas interessadas que gostavam de arte e cultura. Elas se juntaram e tiveram a iniciativa de implantar o museu. Foi um trabalho difícil, porque não existia nada, nem local, nem peça, mas eles fizeram um importante trabalho de recolhimento dos 1ºs materiais do acervo. Portanto, tem que ser dado o devido valor a essas pessoas que tiveram essa iniciativa, pois você imagina, numa comunidade, onde não existia nenhuma entidade de memória, de repente começou acontecer essa iniciativa; ainda não existia credibilidade neste setor. Foi feita, então, uma grande campanha, quando foram conseguidas as 1as doações, através do vigário da época, padre Hugo, que destinou ao museu o material de demolição da antiga matriz de Nossa Senhora da Piedade. Vieram os medalhões, as pinturas, o relógio e os sinos. Já a prefeitura destinou as fotografias que faziam parte do arquivo da prefeitura, fotografias importantes da cidade antiga, fotos de posse de prefeitos, além de documentações e doações particulares. Com esse material recolhido é que foi possível a implantação do museu, quando foi feito um convênio entre prefeitura e Aspac para que a associação tomasse conta do museu. O prédio do museu era usado como um local de lançamento de livros. Ou seja, estava tendo o início de uma dinamização, porém ainda não havia funcionários para lidar com o material doado. Somente em 1987, o prefeito Antônio Júlio chamou a Avany Vilhena, que era uma educadora famosa, muito bem conceituada e dedicada