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E os acidentes de trânsito? - 02/11/2012

A reportagem GP solicitou da Polícia Militar, através de sua assessoria de imprensa, os números das ocorrências locais de trânsito. Isso, porque, há muito tempo, os leitores GP vêm reclamando do caótico trânsito da cidade, principalmente no Centro. A GAZETA divulga agora esses números. Fique por dentro. 2009 – 943 acidentes, sendo 518 sem vítimas; 431 com vítimas; e 9 com mortes. 2010 – 1.115 acidentes, sendo 562 sem vítimas; 545 com vítimas; e 8 com mortes. 2011 – 1.172 acidentes, sendo 608 sem vítimas; 558 com vítimas; e 6 com mortes. 2012 – Até o dia 24 de outubro, 970 acidentes; 488 sem vítimas; 476 com vítimas; e 6 com mortes. POR BAIRROS – O bairro com o maior número de acidentes é o Centro com 237 ocorrências, seguido pelo São Francisco com 108. Depois, vêm o São Cristovão com 59; Dom Bosco, 52; São José, 51; Providência,49; Santos Dumont, 45; JK, 45; Nossa Senhora de Lourdes, 41; Nossa Senhora das Graças, 29; Nossa Senhora de Fátima, 27; Vila Ferreira, 24; São Pedro, 22; Padre Libério, 18; Raquel, 17; Recanto da Lagoa, 16; Senador Valadares, 14; Zona Rural, 14; São Luiz, 11; Patafufo, 8; Santo Antônio, Jardim das Piteiras, Ascenção e Castelo Branco, 6 cada; e João Paulo e Dona Tunica, 5 cada. O major Joel da Rocha Silva falou com a reportagem GP. Fique por dentro. “Nós temos a área central como a que existe mais acidentes de trânsito, pela realidade de maior fluxo de veículos durante todo o dia e na noite também. No São Francisco também existem muitos acidentes, também pelo fato de naquele bairro ter um centro comercial bastante movimentado que aumenta o fluxo de veículos e pessoas transitando. Acredito que por isso é o bairro, depois do centro, que tem tido mais registro de acidentes diversos de trânsitos na cidade. O São Cristovão, Dom Bosco e São José mantêm praticamente a mesma proporção de acidentes. Existe a questão de quando o acidente ocorre numa estrada vicinal, que não tem um povoado definido, consta como acidente na zona rural que é aquela não compreendida no perímetro urbano (Ascenção, Matinha, etc.). O resultado de nossas campanhas educativas e blitz têm sido positivo, a partir do momento que a gente observa que os números não têm aumentado. Mas o interessante seria um redução ano após ano. E o que a gente tem buscado é a população ser mais responsável no trânsito”, explica o major Joel. FALHA HUMANA – “A maioria dos acidentes acontecem por falha humana. Ou seja, imprudência e falta de atenção. Então, o que a comunidade pode fazer é observar mais as regras de circulação, as normas da boa educação no trânsito, a cordialidade e a prudência, não abusar da velocidade e seguir as regras de estacionamento. Todas essas questões devem ser respeitadas para evitar acidentes. A maioria dos acidentes acontecem nos cruzamentos, nos avanços de sinal e em esquinas. Há muita gente também que pensa que dirigir falando ao celular não tem problema, mas estudos comprovam que, quando a pessoa está falando ao celular e dirigindo, ela não tem os reflexos normais, não tem a atenção devida. Então, conforme eu disse, é uma questão de comportamento dos motoristas que contribuem para a ocorrência ou não dos acidentes”. HORÁRIOS E DIAS – “O horário que mais acontecem acidentes é na parte da tarde e um dado interessante é que o dia que mais acontecem acidentes não é no fim de semana, mas nas 2ª feiras. Não existe um motivo específico, como nos fins de semana, que podem ser causados pelo consumo de bebidas alcoólicas. Acredito que na 2ª feira seja pela questão da correria, na urgência de resolver problemas. É interessante ressaltar, que apesar da 2ª feira ser o dia em que se tem mais registros, em todo os dias da semana, em todos os horários, têm acontecido acidentes que carecem da atenção dos motoristas. A PM faz um trabalho reprensivo como autuações, multas em situações extremas. Tem havido também muitas notificações pelo fato de pessoas estarem conduzindo veículos sem habilitação, durante as blitz. Então, é importante que as pessoas se conscientizem de que o trânsito é um espaço comum e que todos têm direito a ele. Ou seja, a partir do momento que a pessoa se julga com mais direito do que as outras, abusando da velocidade, dirigindo sem habilitação, estacionando em locais proibidos, tudo isso terá reflexo no aumento do número de acidentes. Então, carece de uma educação maior”.

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