Desde que o prefeito Antônio Júlio venceu as eleições em outubro de 2012, a população pará-minense depositou muita confiança em sua gestão, principalmente no quesito de festas. Isso, porque a sua 1ª administração, ficou marcada por grandes eventos que até hoje são lembrados. De volta ao cargo de prefeito de Pará de Minas, a prefeitura, através de sua secretaria de cultura, realizou o ParáFolia, totalmente aprovada pela população, segundo uma enquete GP feita, na ocasião. Agora, as atenções estão voltadas para a Cavalgada e para a ExpoPará, esta última, realizada anualmente, no mês de maio, no Parque de Exposições Francisco Olivé Diniz. O realizador do evento, até então, era o empresário João Wellington, juntamente com o apoio da prefeitura e o sindicato rural. Porém, na edição GP de nº 1441, veiculada em 15 de fevereiro, essa GAZETA noticiou que AJ não aceita mais João Wellington na condução de festas no parque de exposições, por causa de várias queixas da população contra ele. Dessa forma, o prefeito abriu espaço para novos promotores de eventos que se comprometam mais com o público. No último dia 1º, 2ª feira, a reportagem GP esteve no sindicato rural e conversou com seu presidente, Eugênio Diniz, para saber como anda essa questão. Não deixe de ler.
“Procurei o prefeito eleito, no último mês de novembro, na assembleia legislativa, onde conversamos sobre os eventos, já que algumas coisas precisavam ser decididas antes dele tomar posse. Depois, estive com ele várias vezes, fizemos reunião aqui no sindicato com todas as associações, porque o parque de exposições é patrimônio da prefeitura. Porém, desde que o parque foi criado, há 25 anos, o sindicato rural, juntamente com a prefeitura, tem assumido a realização desses eventos. Ou seja, o sindicato não tem condição nenhuma de realizar eventos dentro do parque sem o apoio da prefeitura. Por outro lado, se a prefeitura quiser realizar eventos por conta dela, o sindicato apoia, tanto na parte rural, gado, leilões e exposições. O que precisa ser determinado é o termo de cessão de uso. O prefeito tem que definir a cessão de uso, entre sindicato e prefeitura. Isso é uma decisão que está demorando muito. Com essa demora, pode ser que alguns eventos não sejam realizados esse ano, pois é impossível fazer um grande evento, dentro de tão pouco tempo, principalmente falando da parte de shows”, inquieta-se Eugênio.
IMPOSIÇÃO - “Sobre o empresário (João Wellington) que prefiro não citar o nome, pois não gosto de citar nomes, o prefeito tem que decidir quem vai realizar a festa, pois o realizador é responsável por tudo; ele assina a responsabilidade por tudo. Mas, volto a repetir, tudo tem de começar pela cessão de uso. Quando digo cessão de uso, preciso de ver se as colocações serão boas para o sindicato. Acontece que apenas se fala que não querem o empresário. É uma imposição, não se discute nada, não se tem acordo. 1º tem de se discutir a cessão de uso para depois se discutir imposições e critérios”.
SEM EMOÇÃO – “Temos que fazer uma parceria boa para a prefeitura, para a cidade e para o sindicato. Fazer eventos é de uma responsabilidade muito grande, as exigências são grandes. Então, temos que tratar isto sem a emoção, só com a razão. A partir da hora que tratarmos isso com a razão, vamos chegar a um bem comum para todos os pará-minenses”.
OU VAI OU RACHA - Eugênio Diniz disse ainda que a Festa do Frango e do Suíno, criada e realizada pelo sindicato rural, acontecerá em setembro, independentemente de haver acordo sobre a cessão de uso do parque, já que a festa é exclusiva do sindicato e pode ser realizada em qualquer outro lugar.
O OUTRO LADO: POSIÇÃO NEGATIVA E PICUINHAS
Veja agora o pensamento do prefeito Antônio Júlio, através da nota enviada por sua assessoria de imprensa.
“Coloquei o parque de exposições à disposição do sindicato e, sempre que precisarem, a prefeitura dará a concessão para a realização dos eventos. Um exemplo foi o evento do Mangalarga (divulgado por esta GAZETA, na edição anterior), realizado, através de um termo de concessão do parque, dentro da lei. Acontece que a concessão de uso do parque será cedida por evento e não mais por um ano direto, até porque existe uma demanda judicial que impede tal concessão. Realmente o empresário em questão (João Wellington) não fará mais uso do parque, devido à uma indisposição causada por à toda a sociedade pará-minense. Além disso, existem questionamentos do Ministério Público sobre as festas realizada e sobre o empresário... Então, o que a prefeitura interviu de imediato foi a questão do empresário. Para a realização da Cavalgada, no próximo dia 21, tudo já está encaminhado e a festa de maio já está em fase de negociação. Porém, se o sindicato continuar com essa posição negativa, a prefeitura assumirá a festa de setembro, mês de aniversário da cidade e disso não abro mão. Apesar da posição da prefeitura ser de apoio e não de organização de festas, e se essas picuinhas continuarem, a prefeitura tomará as rédias e organizará sozinha a festa. O sindicato tem todo o direito de escolher o local de suas festas, mas não manda na cidade. Quem manda na cidade é a prefeitura e sem festa a cidade não ficará”, garante AJ.