Durante um culto religioso de inauguração de uma igreja em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, na noite de quarta-feira, o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou que as igrejas têm se aproximados dos homossexuais para evitar que sejam apedrejadas, atribuiu a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff a uma obra divina por conta das injustiças sofridas por ele quando foi alvo de protestos na Câmara e chamou os colegas da bancada evangélica em Brasília de covardes.
Feliciano chegou ao local por volta das 21h como a atração principal do culto de inauguração da igreja, “é aqui que o pastor Feliciano vai pregar?”, perguntavam os fieis que chegaram ao local ainda sem identificação. O evento teve shows musicais bem ecléticos com rock progressivo, sertanejo e música romântica, intercalada com os pastores locais pedindo o dizimo em ao menos duas oportunidades, e falando da presença de vereadores pastores, vice-prefeitos e assessores do governador do Rio Grande do Sul.
Com a ajuda de um fundo musical tocado por um de seus assessores, Paulo Marinho, Feliciano falou por quase duas horas e passeou por uma gama diversas de temas, mas quase sempre voltando as criticas aos homossexuais, com quando falou sobre a atitude de uma líder religiosa que convidou os gays para se aproximarem da igreja, porque os evangélicos poderiam aprender com eles.
“Acho que a intenção de aproximar as pessoas é boa, mas dizer que temos que aprender com eles? Quer dizer que 2000 mil anos de igreja não serviram para nada? Sabe o que é isso? É a desculpa pra não terem as igrejas deles apedrejadas”, afirmou, referindo a líder religiosa Ana Paula Valadão.
Deputado homônimo de Feliciano se diz injustiçado com confusão
Ao falar sobre os protestos dos quais foi alvo, quando assumiu a presidente da Comissão de Diretos Humanos da Câmara, ele afirmou que uma espécie de plano divino fez com que a presidente perdesse a popularidade. “A presidente do nosso País, que é do partido que mais me perseguiu, que é o PT, que há cinco meses estava com 75% de aprovação, caiu pra 30%, e ninguém consegue entender”, afirmou.
Ele disse que no período em que foi perseguido por ativistas, perdeu sua vida, e não contou com o apoio nem da bancada evangélica, a quem ele classificou como covardes, por se omitirem de lutas de interesse do movimento evangélico como o kit gay ou a adoção de crianças por casais homossexuais.