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FILHO DE PACIENTE CHAMA GP NO P.A. - 06/02/2014

Anteontem, 4ª feira, dia 29, a GAZETA recebeu um telefonema desesperado do belo-horizontino Felipe Azevedo sobre sua mãe, Janete Campos de Azevedo, que corria risco de morte, no P.A. A reportagem GP correu até lá, e conversou com ele. Saiba mais. “Minha mãe está em Pará de Minas, fazendo um curso, onde sentiu mal... (ela reside em Itáuna/MG) Seu braço esquerdo começou a doer, a dor se estendeu para o peito, na região do coração, onde ela tem uma válvula mitral prejudicada. Aí, ela foi conduzida pelo transporte ambulatorial, não do hospital (P.A.), mas do Samu (Corpo de Bombeiros), que a trouxe para cá. Nesse período, ela sofreu uma parada respiratória, começando a se debater, não conseguindo mais respirar até desmaiar. Chegando ao P.A., o Dr. Max (Cáfaro) realizou os atendimentos, passando a responsabilidade para a diretoria do hospital (P.A.) que deveria colocá-la em uma ambulância e conduzí-la para o Biocor (Nova Lima/MG), sendo que o secretário de saúde, Cléber Faria, negou o pedido, exigindo um comprovante de residência no nome da minha mãe. Caso ela não tivesse o comprovante, ela não teria o atendimento, ficando a mercê da situação que ela se encontra agora. Há cerca de 3 horas que ela se encontra sem medicação alguma. Ela está sentada em uma cadeira, sentindo uma forte dor e frio com formicação e dormência nos membros superiores e cabeça, aguardando uma ambulância”, denuncia Felipe. SEM SAÍDA – “Já encaminhei um parente meu para a promotoria para prestar denúncia formal. Acionamos também a PM às 14H20 e até agora (20MIN depois) nada. Comuniquei também com o plano de saúde Promed que também não enviou ambulância, a pedido da chefe das enfermeiras, alegando que o município (de Pará de Minas) faria o transporte. Temo que ela morra, por causa de tanta burocracia. Estamos privados de prestar um socorro eficiente e não sabemos o que pode ocorrer... e não tem nenhum cardiologista que possa resolver o problema”. O OUTRO LADO - A reportagem GP também ouviu a assistente social do P.A., Alexandra da Silva Santos, que fez a defesa. Confira. “A paciente chegou no P.A., as 12H12, passou pela classificação de Manchester e, em atendimento médico realizado pelo Dr. Max, após solicitação de exame eletro e Raio X, ele viu a necessidade da transferência para o hospital o qual ela já faz um tratamento (em BH), o Biocor. Dr. Max acredita que o mal que ela teve foi devido ao tratamento que ela já faz. Por volta das 13H30, ele solicitou que eu entrasse em contato com a ambulância do Cispará, a ambulância de Uti móvel, que transporta pacientes intermunicipais da nossa região para outros municípios. Porém, a paciente é residente em Itaúna/MG e o Cispará, por transferir somente pacientes da nossa microrregião, precisaria da autorização do secretário de saúde. Entrei em contato com o município de Itaúna para saber se eles arcariam com o transporte. Como foi negado o pedido, nós arcamos com o transporte dela”, adianta a assistente social. QUAL É A PRIORIDADE? – “Para todos os pacientes que são transportados no Cispará, precisamos de alguns documentos. Dentre eles, comprovante de residência. Como (nesse caso) a paciente reside em Itaúna, o transporte não deixa de ser realizado por falta de documento, uma vez que a prioridade do serviço de saúde é salvar vidas. Claro que papéis são necessários, mas a prioridade são os pacientes, tanto que a senhora Janete está sendo transportada pela ambulância do Cispará. Ela também foi medicada e fez uso de remédio para acalmar os ânimos. Sobre a urgência do caso, segundo o médico (que a atendeu), é um caso estável. Como sua família não conhece o município de Pará de Minas, mas possui um plano de saúde, desconhecia essa questão de documentação exigida pelo Sus”.

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