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Um patafufo na Fiat dos Estados Unidos - 27/11/2014

Para sonhar com uma carreira de sucesso, em uma grande empresa, é preciso ter determinação. Para concretizar esse sonho é preciso deixar a imaginação de lado e se empenhar com novas metas que deverão ser alcançadas como graduação, especialização, inglês fluente e, não menos importante, pró-atividade. Em busca de pará-minenses que passarão por essa longa jornada, a reportagem G.P. conversou com Júlio César Oliveira Portilho, 29 (Luzia e João), engenheiro da Fiat Chrysler Automobiles. Apesar de trabalhar na fábrica da empresa, em Betim/M.G., Júlio viaja, a trabalho, várias vezes ao ano para os Estados Unidos. Não deixe de ler. “A 1ª viagem a trabalho que fiz foi em setembro de 2013 e durou 43 dias. Depois dessa, foram mais 4, com cerca de 40 dias cada. Desde criança, tenho grande apreço pelos Estados Unidos. Entretanto, a 1ª oportunidade de viagem surgiu através da Fiat e foi um grande desafio, tanto profissional como pessoal. A maior dificuldade foi a adaptação com a língua no ambiente de trabalho, pois trata-se de um inglês técnico, o qual eu nunca havia lidado antes. A distância da família e dos amigos também foi difícil, pois passei e ainda passo a maior parte do tempo sem a companhia dos colegas brasileiros de trabalho. Mas hoje posso dizer que tenho prazer e entusiasmo em exercer minha função naquele país”, orgulha-se Júlio. COMO É O TRABALHO? – “O trabalho que realizo em Betim é semelhante ao que faço nos Estados Unidos. Entretanto, a equipe de projeto americana é maior e possui mais recursos tecnológicos. Consequentemente, as atividades acontecem mais rápido e de forma concreta e confiável. Trata-se de um projeto global de um automóvel que será produzido futuramente na América do Norte, América do Sul e Ásia. Ele está sendo desenvolvido pela Chrysler, em Auburn Hills, no Estado de Michigan com todo o suporte do time Fiat do Brasil, Itália e China. Trabalho na engenharia do produto, especificadamente na área de partes móveis, onde são desenvolvidas as portas do carro, capô e demais componentes ligados a eles. Desde a união da Fiat com a Chrysler, em 2009, todos novos projetos são rigorosamente estudados para o mercado que irão abranger. Atualmente, os projetos globais são tendência. O Fiat Journey foi o carro pioneiro nessa estratégia e acredito que, brevemente, acontecerão vários lançamentos de carros globais com alto padrão de qualidade”. COMO É O SEU DIA A DIA? “É semelhante ao do Brasil. Entretanto, com uma agenda mais cheia com reuniões e ainda mais responsabilidade. Começo a trabalhar às 7H e, depois do expediente, pratico atividade física na academia do hotel, onde fico. Percebi, na região que fiquei, que os americanos têm o hábito de chegar bem cedo ao trabalho, são bastante profissionais e responsáveis. Pontualidade para os compromissos é um destaque. No 1º contato, eles são pessoas mais frias, mas, com o tempo, tornam-se bons e sinceros amigos. Nos finais de semana, aproveito para viajar e vou, geralmente, de carro, pois as estradas americanas são excelentes. Então, a viagem é prazerosa e segura. Já rodei quase 20.000KM conhecendo belas cidades, principalmente ao leste do país”. OUTROS BRASILEIROS? “Sempre existem outros brasileiros por lá, até mesmo alguns que já são expatriados. Porém, por se tratar de uma grande empresa, não é comum encontrarmos conhecidos, salvo quando algum colega está exercendo atividades parecidas com as suas”.

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