Selo GP - Rodrigo Roreli Laço
Fundação: Francisco Gabriel
Bié Barbosa
Alcance, credibilidade e
imparcialidade, desde 84
ANO 40
Nº 2042
18/10/2024


Notícias
Notícias

ÔNIBUS CAPOTA E MATA 18 ESTUDANTES EM SÃO PAULO - 13/06/2016

 O acidente ocorreu por volta das 23H da última quarta-feira (8), no km 84 da rodovia Mogi-Bertioga, no litoral de São Paulo. Um  ônibus que levava universitários de Mogi das Cruzes para São Sebastião perdeu o controle após uma curva, atravessou a pista, capotou e caiu em um barranco. O veículo levava 46 pessoas, sendo que 18 morreram e outras ficaram feridas.
Os corpos de onze das 18 vítimas do acidente foram enterrados na sexta-feira (10) em cemitérios de Boiçucanga, Barra do Una e Juquehy, em São Sebastião (SP). Todas as cerimônias começaram de manhã. De todos os 20 feridos levados para hospitais, nove seguem internados em diferentes unidades de saúde do litoral e interior de São Paulo.
Segundo o delegado Fábio Pierry, o ônibus estava acima da velocidade permitida, de 60 km/h, mas a polícia ainda apura outros fatores que podem ter contribuído para o acidente. “Inicialmente, posso falar que houve excesso de velocidade. Ele [motorista] estava a mais de 80 km/h”, disse Pierry. A viação União do Litoral, responsável pelo ônibus, nega que o veículo estivesse em alta velocidade e diz que o velocímetro registrava 41 km/h no momento do acidente.
“Não descartamos que o motorista possa ter dormido. Temos que montar o quebra-cabeça de tudo. A perita afirmou que o ônibus tombou na pista, foi arrastando, arrancando árvores e caiu na valeta”, afirmou o delegado.
O velocímetro do ônibus registrava 41 km/h, alega a empresa responsável pelo coletivo. De acordo com informações da assessoria de imprensa da empresa União Litoral, responsável pelo ônibus fretado que levava os estudantes, um representante da empresa teve acesso ao velocímetro do veículo que registrou a velocidade.
No entanto, o tacógrafo do veículo - espécie de caixa-preta - é quem determinará oficialmente a velocidade precisa do acidente. O objeto foi apreendido pela Polícia Civil e passará por perícia. Ainda segundo a empresa, o ônibus em questão está com vistoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em plena validade, além de ter passado por manutenção preventiva há 15 dias, estando apto para realizar o transporte. Segundo a Artesp (agência de regulação), a Viação União do Litoral Transporte e Turismo Ltda está cadastrada para fazer serviço de fretamento. A credencial da empresa, que deve ser renovada a cada cinco anos, termina em 31 de outubro de 2016. Uma hora antes do acidente, o motorista que dirigia o ônibus, Antônio Carlos da Silva, de 37 anos, avisou a mulher, por meio de uma mensagem de celular, que chegaria mais tarde em casa por conta da neblina na rodovia. A Polícia Civil informou que não chovia e não havia neblina no momento do acidente, mas a pista poderia estar escorregadia. A empresa do ônibus contesta e diz que havia neblina no momento do acidente. Entre os destroços do ônibus, as autoridades encontraram um abaixo-assinado ainda em branco pedindo providências para segurança. O texto do documento aponta que as atitudes de um motorista ainda não identificado estavam colocando em risco a integridade física dos estudantes.
Um dos sobreviventes disse que o ônibus estava descontrolado. “Na terceira vez que ele repetiu o movimento [de tentar fazer a curva] de forma brusca e invadindo a pista, percebemos que havia algo errado. Começaram a pedir para que colocássemos o cinto. Eu coloquei e aí começou a gritaria, as pessoas se desesperaram e percebi que o meio-fio estava cada vez mais próximo, foi quando capotamos”, disse Wanderson da Silva, de 24 anos.
O motorista César Donizetti Vieira, de 54 anos, que teve o carro atingido pelo ônibus que se acidentou na rodovia afirma que o motorista do coletivo estava dirigindo em alta velocidade. Ele falou que o ônibus ultrapassou seu automóvel e acabou o atingindo durante uma manobra. Ele ainda disse que não é capaz de precisar a sua própria velocidade no momento do acidente, mas diz que era inferior à do ônibus.
Fonte: Portal G1 de notícias

Galeria

Mais da Gazeta

Colunistas