Quero lembrar que o asfaltamento Aquele poderia ser mais um final de tarde como outro qualquer, mas, após o terremoto, considerado pela ONU o pior desastre natural da história da humanidade, mais de 200 mil pessoas morreram. Cerca de 1,5 milhão de haitianos estão desabrigados, vivem de forma precária em alojamentos improvisados e 75% da capital, Porto Príncipe, terá de ser reconstruída, o que levará dezenas de anos. Há menos de 15 minutos do local da tragédia, estava o capitão Leonardo Xavier Zanini, 36, mineiro de Belo Horizonte/MG, filho da pará-minense Ava Maura Xavier (Solange Grassi e Mauro Xavier) e de Paulo Roberto Pinto Zanini, natural de Juiz de Fora/MG. No exato momento do terremoto, ele estava fazendo reconhecimento de área, juntamente com um colega que seria seu substituto no posto de comandante de companhia de fuzileiros da Força de Paz. Capitão Zanini apresentava ao colega brasileiro, capitão Bruno Mário, o território que passaria a ser de sua responsabilidade nos próximos dias. A bordo de uma viatura do Exército, os dois se dirigiam a órgãos da Minustah (Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti). Sobrevivente, ao voltar para o Brasil ele se tornou capa de várias revistas nacionais. Agora, com total exclusividade, ele revela