BIÉ BARBOSA, jornalista e publicitário (UFMG), nascido em Pará de Minas em 22/11/53, é casado com Maíza Lage com quem tem 4 filhos. SEU LEMA: “O SENHOR É MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ”! |
VEJA NA EDIÇÃO 1808: NAS BANCAS DE 20/03 A 26/03.
Veja também a crônica deste mesmo colunista da edição 1805 abaixo:
HÁ OU NÃO HÁ SAÍDA PARA A CRISE DA, ATÉ ENTÃO, CAPITAL MINEIRA DO FRANGO?
No jantar rodízio entre casais de amigos abonados, a luz da bela e ampla sala, com tela de tv gigante, aqueles empresários conversavam sobre o jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis Moreira terem sido presos no Paraguai, com passaportes falsos. Porém, daí a pouco, passaram a conversar sobre o que sempre conversam: a possibilidade de ganharem mais e mais dinheiro. Papo sobre a gritante diferença social do Brasil nunca rola nesse grupo. Em certo momento, disse o proprietário de uma grande empresa, com mais de 100 funcionários diretos:
- Sem querer fazer drama, acredito que estamos vivendo no país um processo de empobrecimento geral.
O empresário mais jovem, de corpo atlético, endossou a fala que ouviu:
- Pois é, acho que a cidade precisa acordar, rapidamente, para a necessidade da criação de um carro econômico, um nicho, algum polo econômico que impulsione a economia desta cidade.
O agropecuarista falou:
- Com o aumento do preço da carne bovina eu não estou, pelo menos neste momento, reclamando de crise mais não (riso). Parece, porém, que o setor imobiliário anda de mal a pior. Uma amiga minha que tem quase 100 imóveis residenciais e comerciais alugados, me confidenciou que a coisa tá preta. Que antes, os alguéis comerciais até que estavam indo bem e que os residenciais estavam horríveis, mas que agora os 2 estão um verdadeiro caos!
O homem do setor automobilístico disse mais:
- Para mim, o governo tem dado um calote branco, para não aumentar a dívida pública. Nunca vi crise nenhuma durar tanto tempo assim!
O empresário que vive da renda obtidas com as suas grandes aplicações, por meio de variados fundos, comentou:
- Hoje, infelizmente, se você coloca 50 milhões no banco perderá algo em torno de 8 milhões por ano! E olha que isso é só a perda em poder real de compra.
O gerente geral de um banco, que ali estava como convidado, deu uma sugestão:
- Percebo que cidades vizinhas como Nova Serrana é um pólo calçadista. Itaúna se destaca na mineração. E Divinópolis, na confecção e também na mineração. Pará de Minas é no agronegócio, mas, me desculpem, frango, porco e gordo já não são mais competitivos. Não há mais mais relevo pra isso... Portanto, concordo com o que disse o fulano, no início desta conversa. Esta cidade precisa criar um novo nicho econômico para acontecer um grande impulso e todos sairmos desta crise sem precedentes...
E você, como tem visto a economia local, ultimamente? Uma boa leitura!