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A mais conceituada artista de Minas expõe na cidade - 30/09/2011

A conceituada artista plástica, Yara Tupynambá, 79, esteve pela 1ª vez em Pará de Minas, na noite da 4ª feira, 14, para a abertura da exposição Gravuras e Telas, na Escola de Artes e Ofícios Sica. Natural de Montes Claros/MG, Yara fez estudos artísticos com Alberto da Veiga Guignard em Belo Horizonte, onde há muitos anos reside, e Oswald Goeldi, através de uma bolsa da Pratt Institute, em New York/USA. Ela já expôs e participou de vários Salões de Artes, tanto no Brasil como no exterior. Para se ter uma ideia, Yara Tupynambá tem 92 painéis e murais espalhados pelas mais importantes capitais brasileiras. Antes da abertura, muito simpática e falante, Yara Tupynambá, conversou com a reportagem GP. “O convite para essa exposição foi uma sedução do José Roberto (diretor de cultura), quando ele esteve em minha casa, querendo conversar, e me chamou para expor. Eu disse para ele que não tinha nada para expor. Não tinha nenhuma tela inédita. Então, as gravuras expostas aqui, em Pará de Minas, não são mais minhas, são do instituto Yara Tupinambá que me emprestou. Mas quando eu vi só gravuras, pensei: a exposição vai ficar feia. Então, então, pensei em levar um quadro, mas exposição com um quadro apenas fica ruim. Aí, acabei trazendo metade de gravuras e metade de quadros. A diferença entre gravuras e telas é que as gravuras são mais democráticas e permite que eu continue em algumas casas, que as pessoas fiquem com algumas gravuras. As gravuras são reproduções de telas. Ao pé de cada gravura há um número e esse número significa a tiragem feita. Nessa exposição, há gravuras de quadros meus, mas há alguns que foram feitos especificamente para serem gravuras. Já as telas vêm de um trabalho mais sofisticado, mais importante como pintora; enfim, é um setor mais refinado”, ensina Yara Tupinambá, cujo nome vem de uma avó que era índia. DA JANELA – “Sou basicamente uma colorista e trabalho com a técnica acrílica sobre tela que é uma técnica de pinceladas pequenas, com transparências, uma técnica praticamente europeia. Praticamente, todos meus quadros são sobre Minas Gerias. Essa exposição é intimista, pois é de coisas que eu tenho no meu ateliê, minha vivência em torno do ateliê e que eu coloco como janelas imaginárias, de onde eu vejo o mundo. Tudo que tem nos quadros eu vejo da minha casa. São coisas que fazem parte da minha vivência de abrir-se para o mundo”. MURAIS TOMBADOS – “Tenho mais de 50 anos de carreira, considerando desde menina. Com 7 anos, eu já desenhava muito; com 12, tive um curso especial da secretaria de educação e eu não fazia um desenho convencional como as outros faziam, já tinha desenhos só de observação, desenho livre; e com 25 anos, já tinha ganhado todos os prêmios dos salões nacionais. Em 2010, tive a consagração maior que um artista pode ter, pois tive 7 murais tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico e isso é um significado muito forte para um artista”. * Essa bela exposição ficará em cartaz, na escola de artes, até o dia 14 de outubro. Não deixe de visitar. Oportunidade única na cidade.

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