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FALA, LEITOR! - 29/06/2012

ELEIÇÃO: A GRANDE NEGOCIATA A chegada das eleições municipais leva os políticos a um frenético movimento. São as alianças entre partidos e grupos para a apresentação de candidaturas com chance de sucesso perante o eleitorado e, uma vez eleitas, governar adequadamente as cidades. Os grupos que exercem o poder montam estratégias para nele permanecer e os que estão do lado de fora fazem o mesmo na tentativa de entrar. A disputa, em princípio, é justa, é saudável e a possibilidade de alternância nos cargos, melhor ainda. Sugere a existência de muitos cidadãos interessados em dar sua contribuição para o desenvolvimento da sociedade em que vivem. Pelo menos, esse é o discurso. Tradicionalmente se diz que o exercício do mandato público ou mesmo de cargos temporários no governo deve ser um ônus e não um bônus. O cidadão escolhido pelo eleitorado e aqueles chamados a colaborar com os eleitos empresta parte do seu tempo e principalmente a sua competência para a causa pública e, terminado o seu compromisso, volta à origem com a certeza da missão cumprida. Tudo muito bonito, não fosse a prática infelizmente estabelecida e cada dia mais presente nos escaninhos político-administrativos. Tanto os eleitos quanto os guindados a cargos, em vez de simplesmente cumprirem seu mandato, fazem tudo para se eternizarem no poder. Lutam por reeleições, nomeações subsequentes e toda forma de continuísmo. O apego às coisas públicas é tão grande que se transformam em profissionais da política. Muitos, na verdade, nem têm profissão... Com toda essa clientela faminta, a montagem das coligações e esquemas pré-eleitorais, em vez de um nobre momento da política, transforma-se num sórdido balcão de negócios. E o mais triste é que a moeda de pagamento está nos cargos da administração pública que são previamente loteados e distribuídos aos cabos eleitorais, parentes, financiadores de campanha e outros participantes do embate eleitoral, ora turvado pela ação dos participantes. Passadas as eleições, o intervalo entre o anncio dos eleitos e a posse é dedicado às composições, momento de barganhas onde o eleito para o Executivo distribui os cargos de livre nomeação – são 700 mil nas prefeituras brasileiras – a indicados dos vereadores que, independentemente das promessas feitas ao eleitor, se comprometem a compor o bloco da situação. Por conta disso, a máquina pública fica inchada de “profissionais” que caem de paraquedas em postos para os quais não têm a menor afinidade. E o povo paga a conta, através dos salários dessa gente, normalmente mais altos que o do funcionário concursado e de carreira que, em muitos casos, não tem nem o compromisso de trabalhar. Infelizmente, esse é um processo que ocorre nos municípios e se repete nos Estados e na União. O loteamento de cargos tem sido o responsável por grande parte da ineficiência da máquina pública e, principalmente, pelos casos de corrupção. É um problema que exige profunda reflexão e a busca da mais urgente solução. (DIRCEU GONÇALVES – São Paulo/SP). É OU NÃO É SUPERSTIÇÃO? Até parece superstição, mas não é. Muitas pessoas experimentadas e vividas atestam que não é superstição, mas verdade. O pessoal da mercearia, da padaria, do bar, do botequim e da lanchonete, tanto empregado como patrão, quando fazem a faxina do estabelecimento sempre cometem a burrice de varrer da porta para a rua o que outros, pelos pés ou pelas mãos, lá deixaram pelo chão ou outras partes de seu local de trabalho. Sabe por que você, esparramando o lixo porta a fora, estará cometendo uma burrice? Você está jogando fora a sorte, a fortuna? Parece superstição, mas não é. Pura verdade! Quem tem experiência sabe. Os resíduos de seu trabalho, melhor dizendo, o lixo de sua oficina, de seu comércio, de sua casa, de sua escola, de sua repartição, tudo isso é lixo, mas também a parte final de seu momento de trabalho, do seu ganha-pão. Trate-o com cuidado, deixe-o em local apropriado. Não passe a vassoura no sentimento de dentro para fora. Isso é desprezar a sorte que entrou. Este ato, essa forma de varrer é um chamarisco para o azar e o azar prolifera de muitas maneiras. O lixo acumulado nas sarjetas causa entupimento nas bocas de lobo, acumula as águas das chuvas, causa enchentes. O lixo em lotes vagos cria moscas, atrai doenças, cria inimizades com os vizinhos. Não faça papel de Sugismundo, não jogue papel nas ruas. Esse nem é azar, é fratura certa! Parece difícil, mas não será, para boa limpeza, se você providenciar um saco plástico para o que é reciclável (papelão, papel, garrafas, vidros, latas, etc.) e outro para aquilo que não é reciclável. Convém lembrar que a coleta domiciliar será diferente para um e outro lixo; a coleta será semanal na sua rua. Outro lembrete: as calçadas e os canteiros são os olhos das ruas e das avenidas! Finalmente, o meio ambiente conta com você para ser uma cidade limpa, de gente bonita! Pensando bem, essa questão de sujeira e azar não é superstição. É verdade que está na cara da cidade e nos rosto de cada um dos seus moradores. (DUMAS COUTINHO - PM/MG, cujo título original é Gente Bonita).

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